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A espiritualidade do sacerdócio, segundo o Coração de Jesus

Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja eleva suas Orações pela santificação dos Sacerdotes, sua íntima comunhão com a fonte inesgotável do amor do Coração de Jesus, é que o sacerdote encontra a essência e fundamento para o ministério sacerdotal.

No centro do mistério do Coração de Cristo, Ele, assumindo a natureza humana, o Filho de Deus, pensou com a mente de homem e amou com o coração de homem, para está próximo a nós, revelando o amor do Pai para com a humanidade. O sacerdote é um instrumento pelo qual Cristo age e santifica a sua Igreja tornando possível o encontro do homem com Deus. Por isso deve ele, revestir-se das virtudes do Sagrado Coração de Jesus. Buscar nesta fonte do coração divino o amor pelos homens, o desejo de salvá-los e ajudá-los. Fazendo com que Cristo seja amado e conhecido por todos.

Do Coração de Jesus transpassado pela lança, nascem a Igreja e juntamente com ela, para a santificação da Igreja, os sacramentos, ações salvíficas de Cristo, “fonte de vida que jorra para vida eterna” (Jo 1,14). Este, administrado pelo sacerdote, age in persona Chisti, é tocado com as mãos o mistério humano com o mistério divino, fazendo dele imagem viva e transparente de Cristo Sacerdote.

A Caridade pastoral, colocado no centro da espiritualidade do sacerdócio, segundo o Coração de Jesus, já é vida segundo o Espírito. Desse modo, o atendimento de um doente, vivido no espírito do Bom Pastor que se compadece e expressa seu amor com ternura e afeto materno (cf. Pastores Dabo Vobis, João Paulo II, 1992, n.22) é um momento tão santificador quanto aquele em que o sacerdote se dedica à oração do ofício divino, à oração pessoal no silêncio de seu quarto, à presidência da liturgia ou o anuncio da Palavra.

Outro grande pilar no apostolado sacerdotal é busca constante da face de Deus, onde o sacerdote precisa refazer suas forças, pedir ao Espírito Santo a sua santa unção, para seguir o seu ministério sacerdotal, como Jesus, que subia ao monte para está a sós com o Pai. Por isso, segundo as palavras de Bento XVI “O sacerdote deve ser um homem que conhece Jesus a partir de dentro, que se encontrou com Ele e aprendeu a amá-lo. Por isto o sacerdote deve ser antes de tudo, um homem de oração, um homem realmente “espiritual”. Sem este forte conteúdo espiritual ele não é capaz de perseverar em seu ministério com o passar do tempo. Deve aprender também com o Cristo que o que importa em sua vida não é a sua auto-realização nem o sucesso. Deve aprender a não construir uma vida interessante e agradável para si, a não criar uma comunidade de admiradores e seguidores para si, mas trabalhar para Cristo, centro único de toda pastoral”.

Os santos souberam reconhecer a sublime vocação do ministério sacerdotal. São Francisco de Assis dizia: “E o Senhor me deu e ainda me dá tanta fé nos sacerdotes… e procedo assim. Porque do mesmo Altíssimo Filho de Deus nada enxergo neste mundo corporalmente, senão o seu Santíssimo Corpo e Sangue que eles consagram e somente eles administram aos outros”. Também Santa Terezinha do Menino Jesus diz, “Vim para o Carmelo para salvar as almas e, sobretudo para rezar pelos sacerdotes”.

Gostaria de concluir com as palavras do Papa Francisco “convido a todos a olharem para aquele Coração e imitar os sentimentos mais verdadeiros. Rezem pelos sacerdotes para que toda ação pastoral seja marcada pelo amor que Cristo tem por cada homem”. Nossas orações pelos sacerdotes que doam suas vidas pelo o rebanho de Cristo. Sinais de Cristo Pastor.

Irmã Maria Cecília OIC.
Mosteiro da Imaculada Conceição e São José de Fortaleza-CE.

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