Na comemoração do 50º. aniversário da Constituição sobre a Sagrada Liturgia que foi o primeiro documento promulgado pelo Concílio Vaticano ll na Sessão Solene de 4 de dezembro de 1963, presidida pelo Papa Paulo Vl com 2.147 votos de aprovação e apenas 4 negativos. (cf. Compêndio do Concílio Vaticano ll, constituições, decretos, declarações, 29a. ed., Vozes, Petrópolis, 2003, p.258), a Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil decidiu agora publicar uma segunda edição da “Sacrosanctum Concilium” mas agora como leitura popular. Este livrinho de 108 páginas é um subsídio didático que tem por finalidade auxiliar os integrantes das equipes de pastoral litúrgica na compreensão e na vivência do espírito litúrgico do documento original do Vaticano ll. É um livro de grande utilidade na preparação e na realização das celebrações nas comunidades e nas paróquias. Acredito que exemplares deste livro devem estar disponíveis nos seminários, nos noviciados e nos demais casas de formação dos religiosos e religiosas.
O documento conciliar “Sacrosantum Concilium” foi cuidadosamente preparado pela Comissão Litúrgica pré-conciliar, e foi o projeto aprovado com menos dificuldades entre todos os projetos do Concílio. Agora a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está nos convidando a reler esta importante Constituição sobre a Sagrada Liturgia didaticamente elaborada e em linguagem popular acessível ao povo de Deus. O livro é dividido em sete capítulos e um apêndice. O primeiro capítulo apresenta os princípios envolvidos em reformar e promover a Liturgia. O segundo capítulo trata do Sagrado Mistério da Eucaristia, sua importância e como alcançar sua plena eficácia pastoral. O terceiro capítulo aborda os demais sacramentos e a importância destes. O quarto capítulo abrange o Ofício Divino ou Liturgia das Horas e o que fazer para que este Ofício se ajuste à vida contemporânea. O quinto capítulo trata do Ano Litúrgico e a importância que tem a comemoração anual dos Mistérios de Salvação para a vida da Igreja. O sexto capítulo trata da Música Sacra e sua verdadeira função na liturgia cristã. Este capítulo é muito importante hoje em dia quando a “música” em certas igrejas é ensurdecer e o conjunto musical prega os próprios membros e não Jesus crucificado. Acredito que não podemos perder nosso rico acervo da música sacra que é coisa para ser conservada e até promovida. O canto gregoriano e música polifônica tipo Palestrina devem ser ensinados nos seminários, noviciados e demais casas de formação. O canto popular religioso precisa ser inteligentemente incentivado, de modo que os fiéis possam cantar. O coral, por melhor que seja nunca devia tirar dos fiéis seu direito de cantar.
O capítulo sete trata da Arte Sacra e as Sagradas Alfaias (objetos de adorno). Fala sobre a importância da arte na Liturgia. A arte sacra deve evitar extravagância, improvisação, superficialidade e modismo. Finalmente, o apêndice apresenta a Declaração do Concílio Vaticano ll acerca da Revisão do Calendário. Em fim, é um pequeno livro de grande valor.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista
Uma resposta
Quem dera se o Bispo fosse mais rigoroso com os padres que não obedecem as rubricas do Missal, transformando a Santa Missa em um show de entretenimento, inventando e/ou suprimindo orações.