A Santa Sé: recordar o Holocausto para que tal crueldade nunca mais se repita

É preciso recordar as atrocidades cometidas pelos nazistas contra milhões de judeus a quem foi negada qualquer dignidade humana: isso foi reiterado pelo observador do Vaticano junto à OSCE, na véspera do Dia da Memória, neste dia 27 de janeiro. Monsenhor Urbańczyk confirmou a condenação inequívoca de todas as formas de antissemitismo e a importância de envolver as novas gerações na luta contra o ódio e a indiferença.

Adriana Masotti – Vatican News

O dever da recordação foi fortemente enfatizado nesta quinta-feira por monsenhor Janus S. Urbańczyk em seu discurso na reunião do Conselho Permanente da OSCE, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa, com sede em Viena, por ocasião do Dia Internacional da Memória que se celebra nesta sexta-feira 27 de janeiro. Recordar é essencial, disse ele, se desejamos que “a dignidade humana nunca mais seja pisoteada”.

Crimes contra a humanidade

Neste dia em particular, disse ele, recordamos “a crueldade indescritível do Holocausto, a deportação planejada, a aniquilação e o extermínio do povo judeu”. Recordamos os milhares e milhares de pessoas mortas pela brutal máquina de perseguição nazista, vítimas dos crimes mais hediondos contra a humanidade, que sofreram terrivelmente por causa do completo desrespeito por sua dignidade intrínseca de seres humanos”.

Recordar para que tais atrocidades nunca mais aconteçam

Retomando as palavras do Papa Francisco, que na quarta-feira, no final da audiência geral em relação ao Dia da Memória, enfatizou “que não podemos nos comprometer a construir fraternidade juntos sem antes dissipar as raízes do ódio e da violência que alimentaram o horror do Holocausto”, o Observador Permanente da Santa Sé reiterou que “estas crueldades nunca devem ser esquecidas se quisermos construir um futuro no qual a dignidade humana nunca mais seja pisoteada” e “para nos tornarmos mais fortes na condenação de qualquer tentativa de renascimento de tais atrocidades”.

Devemos lutar contra a indiferença que paralisa

Crucial é transmitir aos jovens a memória do que ocorreu e envolvê-los “na luta contra o ódio e a discriminação”. Como também observado pelo Papa, monsenhor Urbańczyk enfatizou que não basta rejeitar o mal, mas devemos “construir juntos o bem comum”. Esta não é uma tarefa fácil, tanto que as sociedades de hoje ainda conhecem o ódio, a violência e o desprezo pela dignidade humana. É preciso, portanto, permanecer sempre vigilantes, lembrando que o mal a ser combatido não é apenas ódio, mas sobretudo “a indiferença que nos paralisa”. É por isso que, segundo o Observador Permanente, junto com as vítimas também é bom lembrar aqueles que tentaram protegê-las, muitas vezes correndo risco de vida, e combater as “atrocidades que as circundavam”.

A condenação da Santa Sé a todas as formas de antissemitismo

A declaração de monsenhor Urbanczyk se concluiu com a reafirmação da “inequívoca condenação da Santa Sé no confronto das antigas e novas formas de antissemitismo” e da importância da recordação da educação para que a “consciência de que somos todos iguais em dignidade” possa crescer, e que todos devemos nos comprometer “com a paz, o respeito mútuo, a proteção da vida e a liberdade religiosa”.

Fonte: Vatican News

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