Nestes dias em que estamos vivendo o momento maior do Jubileu da Arquidiocese de Fortaleza em seu centenário, apresentamos o trabalho monográfico de José Ribamar Fernandes Brandão sobre dom Delgado, apresentado no final do reconhecimento ou revalidação do Curso de Teologia.
Dom Delgado foi o terceiro arcebispo de Fortaleza e apascentou o rebanho de Deus nesta Arquidiocese durante dez anos, numa década muito marcante para a Igreja, por conta do Concílio Vaticano II, e para sociedade brasileira, por conta da situação politica de ditadura. De um lado saíamos de uma igreja voltada, prioritariamente, para dentro de si mesma para uma igreja voltada para o povo “Alegria e Esperança” (documento conciliar sobre a Igreja no Mundo), de um palácio episcopal praticamente fechado para um palácio episcopal permanentemente aberto, manhã e tarde, para padres e leigos que procuravam falar com o arcebispo. Por isso, muitas vezes, sofreu antagonismos e dissabores, o que ele revela em ‘Pedaços de mim Mesmo”, obra de sua autoria ao deixar a Arquidiocese de Fortaleza.
Ribamar Brandão, hoje economista e membro das Equipes de Nossa Senhora, foi seminarista no Seminário da Prainha de 1950 a 1962, ano em que terminou o curso de Teologia. Decidiu não pedir logo a ordem do Subdiaconato, na época, a primeira das ordens maiores. Pediu ao Arcebispo Dom Lustosa um tempo a mais, fora da vida de Seminário, para tomar sua decisão. Dom Lustosa acatou sua proposta, mas o nomeou Diretor da Escola Cura d’Ars, em 1963. Poucos meses depois, Dom Lustosa renuncia e Dom Delgado assume a Arquidiocese de Fortaleza. Dom Delgado escuta o Brandão, gosta de sua proposição e o nomeia secretário particular do Arcebispo.
Como secretário particular, durante cinco anos, e como seu representante no Banco Popular de Fortaleza, banco da Arquidiocese, e amigo de dom Delgado durante toda sua vida, Brandão o conheceu muito bem. Sua palavra é fundamentada e verdadeira. Vale a pena ler essa obra, ainda inédita.
Miguel Arcanjo Fernandes Brandão
Respostas de 2
Não conheci este santo Dom José de Medeiros Delgado, de saudosa memoriam, mas pelo que escutar falar sobre a sua conduta o Padre Enemias, sempre se refere a este santo arcebispo : Meu Bom Samaritano, Meu Pai. Meu Amigo e Meu Irmão… Dom Delgado, foi autentico e fiel aos mais pobres, necessitados e fracos, a Caridade foi sua meta pois era o próprio Espirito Santo quem o Chamou por isso foi fiel, mesmo tendo que renunciar como fez o PAPA BENTO XVI para que assim fosse realizada a sua obra Salvifica…Quem conhece este Bispo pode contar mais do que eu… Viva a Arquidiocese de Fortaleza que hoje também é representada por NOSSO QUERIDO DOM JOSE ANTONIO APARECIDO TOSI MARQUES, um abraço e que seja FEITA A VONTADE DE DEUS …SALVE MARIA!
Agradeço ao amigo José Ribamar pelo resgate histórico de Dom José de Medeiros Delgado,que não tive o Privilegio de conhecer mas já Li a Monografia do Ribamar e fiquei encantado em saber o Legado de Dom Delgado deixou. Foi o Arcebispo que faz a aplicação do concilio Vaticano II na arquidiocese.