Arquidiocese de Fortaleza abre oficialmente a Campanha da Fraternidade 2014

A abertura oficial da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Fortaleza aconteceu ontem, dia 6 de março

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A Campanha da Fraternidade 2014 “Fraternidade e Tráfico Humano” foi lançada ontem pelo arcebispo metropolitano de Fortaleza, dom José Antonio, durante uma entrevista coletiva. A coletiva contou com a presença dos representantes de setores eclesiais e civis relacionados ao tráfico humano, como Irmã Bete – Coordenadora da Rede um Grito Pela Vida e da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil – Fortaleza – Ceará); Irmã Eléia Scariot – Coordenadora da Pastoral dos Migrantes da Arquidiocese de Fortaleza; Rosélia Follmann – Representante da Equipe de Campanhas e Fundo de Solidariedade da Arquidiocese de Fortaleza; Dra. Juliana de Sá Pereira Gonçalves Pacheco – Chefe da Delegacia de Defesa Institucional da Policia Federal; Dra. Ana Cristina Carneiro – Advogada do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Ceará que faz parte da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Ceará; Dr. Lucas Guerra Carvalho de Almeida – Advogado do CDPDH (Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza). Os participantes da mesa falaram das experiências de combate ao trafico humano no Ceará e a relevância do tema da CF 2014 para a sociedade e para a Igreja.

Dom José Antonio iniciou a coletiva lendo a íntegra da mensagem do papa Francisco ao povo brasileiro por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade durante a Quaresma. Ele reforçou a mensagem do papa Francisco quando diz “Se, depois, descemos ao nível familiar e entramos em casa, quantas vezes aí reina a prepotência! Pais que escravizam os filhos, filhos que escravizam os pais; esposos que, esquecidos de seu chamado para o dom, se exploram como se fossem um produto descartável, que se usa e se joga fora; idosos sem lugar, crianças e adolescentes sem voz”. O arcebispo lançou o seguinte questionamento: uma pessoa idosa que é forçada a usar toda sua aposentadoria pelos seus familiares não é uma forma de escravidão?

Tema da Campanha

“Fraternidade e Tráfico Humano” é o tema da Campanha da Fraternidade 2014, escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, para nossa reflexão, sobretudo, na Quaresma. O tema não é só de interesse para os fiéis católicos, mas para toda a sociedade, independente de raça, cor ou religião, pois trata de um dos modos atuais de escravidão, fruto da cultura que vivemos. O lema é inspirado na carta aos gálatas “é para a liberdade que cristo nos libertou” (5,1).

Objetivo da Campanha

A CF-2014 tem como objetivo geral identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-lo como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e das filhas de Deus. (Texto-Base da CF 2014)

Luta contra o tráfico

Os criminosos deste tráfico exploram pessoas de várias atividades: construção, confecção, entretenimento, sexo, serviços agrícolas e domésticos, adoções ilegais, remoção de órgãos e outras. As vítimas normalmente são aliciadas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades ou países. Por isso, o tráfico humano é frequentemente vinculado à migração, sobretudo quando o migrante está sob alguma forma de ilegalidade dentro ou fora do país. (Texto-Base da CF 2014)

CF 2014 em Fortaleza

A abertura da CF-2014 na Arquidiocese de Fortaleza foi realizada em dois momentos: no dia 5 de março, Quarta-feira de Cinzas, dando inicio ao tempo da Quaresma, na Catedral Metropolitana de Fortaleza, aconteceu uma Missa presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza; e no dia 6 de março, aconteceu uma coletiva de imprensa no Centro de Pastoral Maria Mãe da Igreja.

Fotos, por Silvio Martins – PASCOM Arquidiocese de Fortaleza.

Informações [85] 3388.8721, 3388.8702, 3388.8703, Secretariado Arquidiocesano de Pastoral.

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