O nosso grito: quem poderá nos escutar?
Reflexão – Mt 23, 27-32
Devemos sempre estar alerta em relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo, a partir de uma vida verdadeiramente profética que denuncie os contravalores do mundo e anuncie a verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo. Deste modo, a nossa vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.
Esta reflexão é da CNBB com base no Evangelho que fala: Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão!
Estas palavras talvez soem de maneira não muito confortável, porém Jesus percebia a incoerência daqueles que deveriam ser as melhores referências de liderança para o povo e, na verdade, era quem mais o maltratava, não cumprindo o verdadeiro papel de líder que, a exemplo Dele Jesus Cristo, é aquele que serve, que cuida e se preocupa, sobretudo, com os mais fragilizados de seu reino. Portanto estamos mais uma vez diante de vós para manifestar o nosso grito de insatisfação diante de um cenário difícil que temos vivido. E aqui não estamos para fazer nenhum juízo de valor, mas sobretudo para questionar: temos feito tudo que está ao nosso alcance? Temos nossa consciência tranquila no que diz respeito à gestão dos recursos públicos? Todos os recursos estão sendo gastos na melhoria de vida da população, sobretudo dos mais pobres? Como tem sido nosso empenho na articulação para garantir água para todas as comunidades? Levamos a sério a reivindicação dos movimentos, ou apenas interpretamos de forma prepotente como sendo críticas e perseguição? Quais são de fato as prioridades desse governo? Os pobres, desempregados, trabalhadores, mulheres, crianças, jovens, idosos, ou os seus próprios correligionários? Já estamos fartos de vossos discursos de promessas e justificativas, precisamos de respostas por meio de ações. Vosso reino ameaça desmoronar, já que ele não foi construído sobre a rocha da honestidade e sim sobre a areia da divisão política e partidária que funciona em muitos lugares do país como um formigueiro que, pouco a pouco, corrói discretamente as bases que dão sustentação ao reino. Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Pelo contrário, tenham medo daquele que pode arruinar a alma e o corpo no inferno! (Mt 10, 28). Bom dia, obrigado pela atenção.
Inspirado no Evangelho do dia 27/08/14
ESTAREMOS NO DIA 7 NAS RUAS DE CANINDÉ
CONCENTRAÇÃO A PARTIR DAS 7h NA IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS DORES
TEREMOS A SEGUINTE ORDEM
PASTORAIS SOCIAIS
COMUNIDADES
BATUQUE/OLODUM DO PROJETO VIVA A VIDA DA PARÓQUIA DE SÃO FRANCISCO
SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
SINDICATO DOS SERVIDORES FEDERAIS E CUT
MST- MOVIMENTO SEM TERRA
SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE CANINDÉ
ESTAREMOS NESTE DIA ENCERRANDO A VOTAÇÃO DO PLEBISCITO CONSTITUINTE E NA OPORTUNIDADE DAREMOS O NOSSO GRITO, SOBRETUDO PELA ÁGUA QUE AINDA É UM PROBLEMA SÉRIO QUE ESTAMOS ENFRENTANDO. QUANTO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS, CAMINHAM A PASSOS DE TARTARUGA. QUEREMOS MOSTRAR NOSSO GRITO REPRESENTANDO TODOS OS GRITOS SUFOCADOS PELO SOFRIMENTO QUE SE FAZ PRESENTE NA VIDA DE NOSSO POVO.
Fábio Soares (agente de pastoral da Paróquia de São Francisco das Chagas de Canindé).