Padre Geovane Saraiva*
Pela nossa simples e humilde iniciativa literária, prestes a ser publicada numa feição totalmente pastoral, rogamos ao bom Deus que possamos contribuir, quando olhamos o clamoroso gemido de dor da humanidade, manifestado numa sociedade pouco organizada, distraída e adormecida ao sonho do nosso bom Deus, com um mundo de harmonia, esperança e paz. Assim como a esperança deve ser para nós cristãos qual âncora da alma, firme e segura,[1] que o nosso livro, ao chegar em suas mãos, estimado leitor, possa favorecer no sentido de consolidar e elevar sua alma, em meio às tempestades da vida.
Como alhures já dissemos por vezes, à medida que passam os tempos, a missão da Igreja merece uma maior atenção, sempre acompanhada de um renovado ardor da parte dos cristãos. Faz-se mais necessário o valor indizível da oração como sustento da ação missionária e pastoral da Igreja; e o sucesso de todo trabalho depende, evidentemente, da íntima e estreita união com Deus dos seguidores de Jesus de Nazaré. Convictos estamos, amigo cultor das letras, de sem demora perceber a índole no nosso livro: “Lições para a vida”, [2] voltando-se ao encantador e envolvente mistério de amor, acima citado.
Ficaremos muito felizes se o nosso trabalho contribuir também, do ponto de vista da mística cristã, a partir da experiência do mistério de Cristo, numa visão tão sedutora quanto fascinante, dentro do contexto de nossa história atual. Mística, que é uma palavra da antiguidade, tem seu uso a partir do século V no mundo ocidental, dentro do contexto cristão, empregada pela primeira vez nos escritos atribuídos a Dionysius, o Areopagita, com a finalidade de se voltar ao absoluto de Deus. Fica patente que só é possível compreendê-la quando as pessoas se sentem profundamente voltadas e assinaladas pela graça de Deus. É compreensivo que os místicos busquem referenciais e figuras exemplares, com as quais se identifiquem ou configurem, tendo como pressuposto Jesus de Nazaré, aquele que os leva à vivência da fé, numa bonita caminhada, na qual se vê claro o sonho da esperança como criaturas de Deus inspiradas e inspiradoras.
O livro, “Lições para a vida”, quer colocar-se diante do projeto de São Francisco de Assis, levado adiante pelo Papa Francisco, vendo-o transformado em realidade, num espírito de total abertura e permanente esforço em favor da solidariedade, da paz e da concórdia no mundo, muito presente no nosso trabalho. O Sumo Pontífice deixou claro, no encerramento do Ano Santo da Misericórdia (20/11/2016), que a verdadeira segurança das pessoas e do mundo, como um todo, passa pela misericórdia, voltando-se ao essencial: ao coração do Evangelho, que é a misericórdia.[3] Deus nos dê a graça de termos uma viva esperança, impulsionados, evidentemente, pela misericórdia divina, para que possamos desfrutar, sempre, claro, diante de diversos caminhos, do verdadeiro caminho.
É com o mesmo espírito da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, sacramento de salvação, que nos dispusemos a lançar, com enorme satisfação, “Lições para a vida”, convencidos de anunciar o Evangelho da salvação aos homens do nosso tempo, sem nunca perder de vista a natureza da missão, que é a de partir até aos confins do mundo, como ensina o Livro Sagrado: “Como é maravilhoso ver o mensageiro pelas montanhas, trazendo notícias de paz, boas notícias de salvação”. Missão, que é a de partir até aos confins do mundo,[4] como ensina o Livro Sagrado: “Como é maravilhoso ver o mensageiro pelas montanhas, trazendo notícias de paz, boas notícias de salvação”.[5]
*Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência Sacerdotal, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – [email protected]
[1] Cf. Hb 6, 19
[2] Lições para a vida – uma contribuição pastoral, oração e mística cristã
[3] Papa Francisco (20/11/2016)
[4] Dom Helder Câmara. Poesia: missão é partir aos confins do Mundo
[5] Cf. Is 52, 7
[1] Cf. Hb 6, 19
[2] Lições para a vida – uma contribuição pastoral, oração e mística cristã
[3] Papa Francisco (20/11/2016)
[4] Dom Helder Câmara. Poesia: missão é partir aos confins do Mundo
[5] Cf. Is 52, 7