Três momentos relevantes se sucederam durante a “Semana da Pátria” deste ano na nossa cidade. Que pátria, pátria de quem, pátria para quem?
A pergunta, posta por pessoas de paz que amam esta terra e querem ver brilhar o sol da liberdade verdadeira, ”Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”, obteve três respostas distintas. Foram momentos que, cada um do seu jeito e com sua ênfase específica, juntavam pessoas preocupadas com esta pátria, pensando em algo diferente e mais esperançoso!
I Apresentação da encíclica verde do Papa Francisco “Laudato Si”
Perguntamo-nos:
“Que independência é essa se ainda não entendemos que precisamos viver num profundo inter-relacionamento com a natureza, a mãe terra?”
Dia 3, quinta-feira, realizou-se um evento bastante concorrido no Centro Cultural ‘Dragão do Mar’. Assistimos a colocações acerca dos problemas que enfrentamos por não cuidarmos corretamente da mãe natureza.
Reunimo-nos no canto “Somos parte da terra, ela é parte de nós.
Tudo que acontece na terra recairá sobre os filhos da terra.”
Alexandre Costa: “A natureza tem funcionado como um suporte ‘infinito’, por exemplo, no ano de 2014 temos usado mais água doce do que a terra produz!”
Vânia Vasconcelos, em nome das comunidades de Canindé: “A água deve ser pensada como DIREITO e não como RECURSO”.
Clécia Pitaguary, em nome das tribos indígenas: “Continuar a chupar a terra é como tirar sangue de uma pessoa com anemia!”.
Manfredo Oliveira: “Temos que mudar nossa visão de mundo” e “A partir do princípio da subsidiariedade devemos dar importância à natureza como um bem comum e, a partir disso, criar condições para que todos tenham dignidade de vida.”
II Inauguração popular da “Praça da paz Dom Helder Camara”
Dom Helder nos provoca: “Quando olhares em torno e tudo parecer treva, escuridão, fantasma, antes de clamar contra a maldade dos tempos e dos homens examina se estás sendo a luz que deves ser.”
Foi uma “minoria abraâmica” que se encontrou na “PRAÇA DA PAZ DOM HELDER CAMARA” em Fortaleza (CE) na tarde deste sábado, dia 5.
Foi um momento rico com reflexões a partir do pedido e desejo de Dom Helder quando, pouco antes de partir, disse ao Marcelo Barros: “NÃO DEIXEM CAIR A PROFECIA”.
Seguiram muitas colocações questionadoras a nós mesmos, à igreja e à sociedade como um todo: “O que significam estas palavras do Dom para nós hoje?”.
Neste encontro agradável, sentimos a presença do Dom em nosso meio, e ele mesmo terminou o belo entardecer com sua “Invocação à Mariama”.
III “Grito dos excluídos”
O povo pergunta: ”Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”
Calcula-se a presença de algo em torno de 6.000 participantes (conforme um jornal local) do “Grito dos Excluídos” na Praça Cristo Redentor. Cantos animados, o rufar dos tambores, encontros e reencontros, abraços, beijos, orações, falas curtas e danças de ciranda prepararam o ânimo para a grande marcha do povo, percorrendo diversas ruas do centro da nossa cidade até a Avenida onde havia sido montado o palanque para o desfile “oficial” (oficial de e para quem?). As “autoridades”, que poderiam ter esperado para saudar seu povo, já tinham se mandado, só deixando os policiais para recepção. Mas tudo correu em paz.
O “Pai Nosso dos Mártires” concluiu a marcha de um povo, preocupado com sua pátria, evidenciando seu amor por ela.
Terminou desta forma esta semana rica de atividades diversas que mostraram que ainda é possível sonhar com Chico Buarque, pois “amanhã vai ser outro dia!”
Fortaleza, 7 de setembro de 2015
Por Geraldo Frencken
III “Grito dos excluídos”
O povo pergunta:
”Que país é este, que mata gente,
que a mídia mente e nos consome?”
Calcula-se a presença de algo em torno de 6.000 participantes (conforme um jornal local) do “Grito dos Excluídos” na Praça Cristo Redentor. Cantos animados, o rufar dos tambores, encontros e reencontros, abraços, beijos, orações, falas curtas e danças de ciranda prepararam o ânimo para a grande marcha do povo, percorrendo diversas ruas do centro da nossa cidade até a Avenida onde havia sido montado o palanque para o desfile “oficial” (oficial de e para quem?). As “autoridades”, que poderiam ter esperado para saudar seu povo, já tinham se mandado, só deixando os policiais para recepção. Mas tudo correu em paz.
O “Pai Nosso dos Mártires” concluiu a marcha de um povo, preocupado com sua pátria, evidenciando seu amor por ela.
Terminou desta forma esta semana rica de atividades diversas que mostraram que ainda é possível sonhar com Chico Buarque, pois “amanhã vai ser outro dia!”
Fortaleza, 7 de setembro de 2015,
Geraldo Frencken