Padre Geovane Saraiva*
O convite de Jesus é para desfrutarmos do melhor vinho. Que esse convite chegue ao interior da humanidade, no amor gratuito, pela tonalidade de Maria. Nas núpcias temos o ponto mais elevado no caminho de Deus, ele que entra na História da humanidade e do próprio mundo, e o vemos como Filho de Deus “coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte” (Hb 2, 7). Eis o grande desafio: repetir o que ele fez, na solidariedade e de coração aberto às suas dores e angústias, pelas quais passam o mundo e toda a criação, livre e pacificada no amor pela santa compaixão.
Há muitos anos me propus a prestar um humilde serviço a irmãos e irmãs. Através de nossos despretensiosos escritos publicados em livros (já são doze) e centenas de artigos em redes sociais, sites e blogs e mesmo em jornais de grande circulação e revistas, às vezes custoso, mas ao mesmo tempo prazeroso, tudo dentro da busca da verdade, com muito esforço, no sentido de ser fiel a Cristo e sua Igreja, evidentemente à luz da mesma fé, vivenciada pelo povo de Deus, antevendo sua mais genuína fraternidade.
Convicto estou, desse modo, de continuar a anunciar a doutrina revelada por Deus, no seu Filho Jesus, pela vontade de, lealmente, transmiti-la nas pequenas crônicas supramencionadas, sem me afastar daquilo que é essencial no ensinamento do magistério da Igreja. Importante dizer que, em consciência, nunca prescindi do sentido da revelação, no seu sentido vertical, no mistério da cruz, no Deus que em Jesus de Nazaré se fez homem. Ele é o único ser na História da humanidade que teve postura redentora, ao se autodefinir o absoluto incontestável, no resumo de poucas palavras: caminho, verdade e vida.
Sempre procurei deixar longe de qualquer dúvida, na minha coluna, que, para o indizível mistério, deve convergir a vida dos cristãos, que o reino de Deus é de solidariedade, justiça e paz. Reino esse no sentido último, que deve ser sempre mais edificado no seio da família humana e do mundo, no desejado sonho dos seres humanos, na inspiração daquilo que é mais elevado, de fazer “novas todas as coisas”, por obra e graça do Espírito de Deus.
Em um mundo onde sempre mais surgem sinais limitados e enfraquecedores do amor doação, Jesus de Nazaré é-nos oferecido como o verdadeiro caminho, conduzindo-nos, da insípida indiferença egoísta, num mundo transformado, límpido e generoso pelo sinal do vinho novo, vinho da caridade a nós revelado nas Bodas de Caná, em que a humanidade, verdadeiramente, se encontra e se encanta, na disposição alegre e feliz de amar, sendo ele mesmo seu mestre na vida e na História. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Blogueiro, Escritor e Colunista, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza
Uma resposta
Continue evangelizando naquilo que Deus sempre te direcionou e te iluminou, com seu Espírito.