Foto: Cáritas Fortaleza
No último dia 3 de fevereiro, o Centro de Pastoral “Maria, Mãe da Igreja” acolheu a Rede de Catadores (as) do Estado do Ceará na sua Assembleia de Avaliação e Planejamento. A realização da atividade contou com o apoio da Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza, que desenvolve junto à categoria assessoramento técnico na perspectiva da garantia de direitos através da mobilização dos sujeitos, formação e incidência para a conquista de políticas públicas que promovam uma vida digna aos irmãos e irmãs que têm no trabalho da reciclagem o meio de garantir o sustento de suas famílias.
Estiveram presentes cerca de 60 catadores (as) de várias grupos e associações localizadas em diversos municípios do Ceará, como: Fortaleza, Baturité, Santana do Acaraú, Juazeiro do Norte, Pacatuba, Acarape, Aracati, Tarrafas, Eusébio, Quixadá e Capistrano. De forma coletiva, a categoria apoutou pautas prioritárias para o ano de 2024, bem como validou a proposta de “Carta de Demandas” a ser dialogada com as diversas instâncias governamentais de forma a implementarem a inclusão socioeconômica dos (as) catadores (as).
A Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza reconhece o avanço que os catadores/as têm conquistado, mesmo diante de tantos desafios que dificultam a concretização do amor e da justiça, sinal do Reino de Deus junto a quem mais sofre. Ressaltamos ainda que a realização de uma assembleia em Rede demonstra o caminho de organização, representatividade que a categoria tem vivenciado ao longo dos anos. Esse sentimento de valorização e orgulho, fica evidenciado na fala da Tesoureira da Rede, Musamara Mendes Pereira, da Associação de Catadores (as) Rosa Virgínia, quando diz que: “pela primeira vez, o valor pago pelo almoço de todos os participantes de um encontro da Rede de Catadores (as), não veio diretamente de parceiros, mas do suor do trabalho de cada catador (a) organizado”.
A Cáritas, reafirma o compromisso de continuar sendo a presença dessa Igreja que cuida, acolhe e caminha junto na busca de uma sociedade justa, fraterna e solidária, primando sempre pelo diálogo, construção coletiva e autonomia dos sujeitos acompanhados.
Fonte: Paulo José Rodrigues Monteiro (Agente da Cáritas de Fortaleza)