Cáritas Arquidiocesana comemora 50 anos

“No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança” (Ivan Lins).

No dia 15 de outubro, (domingo) a partir das 9h, no Centro de Pastoral “Maria, Mãe da Igreja” a Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza estará comemorando com todos os amigos e amigas que fazem parte da história com uma celebração eucarística, apresentações artísticas e muita festa, os seus os 50 Anos, agradecendo a Deus pela existência desta entidade.

Um novo ciclo se abre na comemoração dos 50 anos da Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza. E abre-se em meio a muitos desafios sociais, políticos, econômicos, religiosos. 50 anos é um tempo de muitos significados. Significa dizer que o aniversariante já durou meio século, que já acumulou muitas memórias, tem muita história pra contar. É a idade do ouro.

A Igreja costuma dizer que é tempo de JUBILEU. Jubileu é um aniversário solene, é também um grande espaço de tempo. Entre os hebreus, antigamente, jubileu era uma festividade realizada de cinquenta em cinquenta anos, onde se comemorava a remissão da servidão, das dívidas e das culpas. A origem do jubileu é bíblica, como é possível verificar em Levítico 25,1-17. O ano do júbilo se abre com o toque da trombeta, chamada em hebraico “jobel”, daí o nome jubileu. A legislação antiga previa a prática da libertação do escravo e a devolução das propriedades a cada sete anos. A nova legislação declarou santo o quinquagésimo ano onde era proclamada a libertação para todos os moradores do país. “Será o ano do júbilo, onde não semearão. Será um ano sagrado e que comerão o que o campo produzir”.

A Cáritas da Arquidiocese de Fortaleza é sinal de libertação no trabalho de acompanhamento organizacional que realiza com os/as catadores/as de materiais recicláveis, com os/as empreendedores/as da Economia Popular Solidária, no acompanhamento de comunidades em busca da garantia de políticas públicas e no acompanhamento de crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade. Recentemente está iniciando um trabalho para formação de Cáritas Paroquiais no sentido de fazer com que a Paróquia seja uma irradiadora da caridade que organiza e transforma comunidades, promovendo um zelo pela questão social.

Desejamos que os 50 anos da Cáritas Arquidiocesana seja celebrado com grande júbilo por todos os seus feitos, por tudo o que viveu a partir de cada pessoa que doou o seu tempo, seja como agente Cáritas, seja como voluntário(a), seja como diretor(a) ou conselheiro(a) fiscal, seja como parceiro(a). É hora da memória, de lembrar as lutas de todo esse tempo, dos rostos dos sujeitos com quem convivemos e ouvimos suas necessidades, seus desejos e com eles e elas lutamos na busca de preservar os direitos inerentes a cada pessoa. Mas queremos também que seja um tempo de semeadura para o que pode vir. A CAF ainda tem muito que render nessa Arquidiocese, onde o povo ainda vive em busca da terra prometida e dos seus direitos que historicamente têm sido negados. Que a Cáritas continue distribuindo fraternidade, partilha e desejo de organização a todos e todas que dela precisarem!

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