“Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia.” Foi com estas palavras que o Papa Francisco anunciou o Jubileu da Misericórdia, que terá início no dia 8 de dezembro de 2015 e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016.
São várias as motivações elencadas pelo Papa para a proclamação deste Ano Santo. Na Bula intitulada Misericordiae Vultus (“O rosto da misericórdia”), o Pontífice se refere a todos aqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais e que, justamente por isso, necessitam de um olhar misericordioso por parte da sociedade e das nossas comunidades eclesiais. E, com todo o carinho que lhe é peculiar, acrescenta: “O meu pensamento dirige-se também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. O Jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande amnistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto. A todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar próximo de quem mais necessita do seu perdão”.
Na iminência do Ano Santo da Misericórdia, nós que fazemos a Pastoral Carcerária do Regional Nordeste 1 da CNBB e que assumimos a missão de sermos a presença de nossas Igrejas no mundo dos cárceres, nos sentimos profundamente animados com o testemunho e com a singela preocupação do Papa para com os encarcerados.
Conhecemos bem de perto a cruel realidade carcerária e sabemos o quanto é importante oferecer esse olhar misericordioso a todos àqueles que experimentam o drama da privação de sua liberdade, seja qual for a causa do encarceramento.