“A família tem de voltar a ser o centro da cultura, política, economia e da vida dos povos e nações”, disse o presidente do Pontifício Conselho para a Família, arcebispo Vincenzo Paglia, durante a divulgação da Assembleia Plenária desta instituição, a ser realizada em Roma, de 23 a 25 de outubro.
Além dos trabalhos do comitê da presidência, membros e consultores e das atividades do Pontifício Conselho, serão discutidos, na Assembleia, os direitos da família a partir do diálogo inter-religioso nas perspectivas judaica e islâmica.
No dia 24, haverá uma conferência aberta ao público sobre a Carta dos Direitos Fundamentais da Família, que completa 30 anos. Serão abordados os fundamentos teológicos da Carta; a concepção do matrimônio natural; o papel do Estado no reconhecimento do matrimônio como instituição; a atualidade pertinente da Carta dos Direitos da Família, mostrando seus laços com a cultura e a sociedade contemporâneas. Também será feito um paralelo entre o documento e a legislação internacional, como também com os direitos da mulher.
Dom Paglia afirmou que “a família deve estar cada vez mais no centro da atenção e preocupação da Igreja”. Disse que a realização do próximo Sínodo recorda esta urgência. “Todas as dioceses do mundo são convidadas a refletir, repensar e dar um novo impulso à Pastoral Familiar”, disse.
O papa Francisco receberá, em audiência, os participantes da Assembleia, no dia 25 de outubro. Neste mesmo dia, na parte da tarde, será apresentado o 8º Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá na Filadélfia, Estados Unidos, em setembro de 2015.
Peregrinação
Cerca de 1500 famílias devem participar da peregrinação ao túmulo de São Pedro, nos dias 26 e 27 de outubro. A peregrinação está em sintonia com o Ano da Fé e abordará o tema “Família, vive a alegria da fé”.
No sábado à tarde, as famílias procedentes de setenta países dos cinco continentes se encontrarão, pela primeira vez, com o papa, na Praça de São Pedro. No domingo, após a celebração eucarística, o pontífice abençoará todas as famílias do mundo. “No sábado à tarde, haverá centenas de crianças e idosos próximos ao papa. Uma novidade com relação aos outros encontros com as famílias. Tal ação dará visibilidade às gerações que caracterizam e enriquem as vivências de cada família e, ao mesmo temo, relevo a dois grupos particularmente frágeis e dignos de maior atenção”, explicou o subsecretário do Pontifício Conselho, monsenhor Simón Vázquez.