Arcebispo de Bogotá e presidente dos bispos colombianos, cardeal Luis José Rueda Aparicio
Entre as intervenções que deram a linha para a nova iniciativa, destaca-se a do cardeal Luis José Rueda Aparicio, arcebispo de Bogotá e presidente dos bispos da Colômbia, que pediu o desenvolvimento da Pastoral de rua levando em conta estratégias que promovam a prevenção e a geração de ambientes protetores para aqueles que já vivem essa difícil realidade. Ele também enfatizou a necessidade de a Igreja católica buscar maior coordenação com outras religiões e instituições envolvidas nesse trabalho
Vatican News
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O encontro de modo virtual promovido pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) para lançar oficialmente a Pastoral latino-americana dos moradores de rua começou na segunda-feira e terminou esta quarta-feira, 28 de fevereiro.
Integração, porque essa é uma questão ecumênica
O encontro teve uma participação maior do que a esperada. Entre as intervenções que deram a linha para a nova iniciativa, destaca-se a do cardeal Luis José Rueda Aparicio, arcebispo de Bogotá e presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, que pediu o desenvolvimento da Pastoral de rua levando em conta estratégias que promovam a prevenção e a geração de ambientes protetores para aqueles que já vivem essa difícil realidade. Ele também enfatizou a necessidade de a Igreja católica buscar maior coordenação com outras religiões e instituições envolvidas nesse trabalho.
“Aprendi – disse o cardeal – que há uma necessidade de integração entre as expressões católicas e os movimentos de serviço, porque muitas vezes somos paralelos, não nos conhecemos… Também devemos nos integrar, porque essa é uma questão ecumênica, com tantas denominações religiosas, com pastores que também saem às ruas motivados por sua fé, para servir aqueles que estão deitados aqui na rua sem saber seu nome, muitas vezes sem conhecer sua história, mas que são gratos quando nos aproximamos deles sem medo e sem nojo”.
Proximidade: humildade e a capacidade de servir
Com relação ao papel que a Igreja é chamada a desempenhar no cuidado Pastoral das pessoas em situação de rua, o primaz da Colômbia lembrou que essas são pessoas verdadeiramente pobres, que sofrem profundamente com a indiferença.
Por essa razão, ele se referiu à necessidade de estar com elas, de dialogar, de comer com elas, de lavar seus pés, de ungi-las, de levar-lhes espiritualidade e também de compartilhar a riqueza da espiritualidade delas: “Aprendemos mais com elas do que podemos lhes ensinar. Mas há uma coisa que deve caracterizar nossa proximidade com elas: a humildade e a capacidade de servir. Ser essa bela Igreja que percorre as ruas”, observou o purpurado colombiano.
(com Sir)