Conduzidos pela mão de Deus

Padre Geovane Saraiva*

Passamos por tempos difíceis e esperamos que a mão do Senhor possa nos conduzir neste mundo com segurança, como na assertiva de Dom Helder: “Quando houver contraste entre a tua alegria e um céu cinzento, ou entre a tua tristeza e um céu em festa, bendiz o desencontro, que é um aviso divino de que o mundo não começa e nem acaba em ti”. Somos chamados a acolher os dons do Espírito de Deus e, com bons olhos, a perceber as dores, angústias e necessidades dos que carregam cruzes pesadas, mas, paradoxalmente, contam com um Deus que é Pai, que, didaticamente, não dispensa o esforço humano, o de mostrar ao mundo os sinais da Sua presença, quando se busca generosidade, justiça e paz.

O nosso outubro missionário aponta para cada criatura humana, imagem e semelhança de Deus. Sendo assim, que os nossos louvores cheguem ao Deus de misericórdia, na sua bondade infinita para conosco, que, ao descer do céu e se fixar no meio de seu povo, garantiu-nos a salvação. Da nossa parte cabe dizer um muito obrigado pelo dom da promoção do mês missionário por parte da Igreja e, igualmente, rendermos graças a Deus por esse generoso trabalho realizado em toda a extensão da Terra.

Deus nos dê a graça da compreensão do único e necessário à nossa vida: viver com ardor o Evangelho de Jesus, sendo fermento de renovação, sem nunca nos distanciarmos da cruz santa do Senhor, dando a entender que temos o mundo como missão. A Igreja Católica é, na sua essência, missionária, e jamais pode prescindir da sua missão e muito menos se fechar em si mesma, diante do clamor humano, apelando para uma causa missionária: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda criatura” (cf. Mc 16, 15).

Deus, ao revelar seu plano de amor e ternura para com os pobres, doentes e pecadores, sem se esquecer dos fracos, pequenos e excluídos, quer sensibilizar em todos uma resposta generosa, evidentemente pela força transformadora do Evangelho, como nas palavras do santo bispo, Dom Fragoso: “Mulheres e homens crescem quando dão de si mesmos, e não quando estendem as mãos para receber”. Amém!

*Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência Sacerdotal, integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – [email protected]

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