A primeira reunião do Conselho Permanente após a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com nova formação – 80 participantes -, incluindo os presidentes eleitos para as Comissões Episcopais e para a presidência dos 19 regionais da entidade acontece em Brasília (DF), de 20 a 22 de junho.
Abaixo da Assembleia Geral da entidade, conforme prevê o artigo 31 de seu estatuto, o Conselho Permanente é o órgão de orientação e acompanhamento da atuação da CNBB e dos organismos a ela vinculados, bem como órgão diretivo, eletivo e deliberativo.
Saudação do representante do Papa
O representante do Papa Francisco no Brasil, o núncio apostólico dom Giambattista Diquattro, participou da abertura da reunião na qual saudou os novos membros do Conselho Permanente e agradeceu, em nome do Santo Padre, as orações pela saúde do sumo pontífice.
Na abertura da reunião, o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, ressaltou que trata-se da primeira vez que o Conselho Permanente se reúne depois da 60ª Assembleia Geral. Ele informou também que a atual presidência, cumprindo a tradição prevista no Estatuto da instituição, deu início a uma série de reuniões institucionais junto a representações da República e da sociedade civil brasileira.
O presidente da CNBB informou sobre as reuniões realizadas com a nova presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o presidente da República e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Também falou das reuniões agendadas com representantes do poder legislativo e do Supremo Tribunal Federal.
O arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino de Medeiros Silva, ressaltou que a reunião configura-se como um momento importante de definir os nomes dos bispos que comporão as Comissões e outros nomes que integrarão o quadro de serviços à Conferência.
O segundo vice-presidente da CNBB, recém nomeado arcebispo de Olinda e Recife (PE), dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, ressaltou o papel do Conselho Permanente como espaço de encaminhamento das questões apontadas pelas Assembleias. “Entre uma assembleia e outra, somos nós que conduzimos os rumos pastorais da Igreja no Brasil”, disse.
Memória agradecida
O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, para contextualizar os membros do Conselho Permanente, fez uma memória agradecida de seus passos desde a chegada à sede da Conferência.
Ele ressaltou o trabalho de gestão da entidade, com a realização das reuniões de Avaliação Geral Mensal com os coordenadores de departamento e as visitas à sede da Edições CNBB, ao Centro de Convivência e Fortalecimento de vínculos “Correndo atrás de um sonho”. Dom Ricardo ressaltou o importante papel desenvolvido pelos colaboradores na sede.
O prelado afirmou ter encontrado uma instituição muito bem-organizada, resultado que, em sua avaliação, é uma conquista do trabalho das gestões anteriores. “Se a CNBB chegou neste patamar, é graças ao trabalho das gestões anteriores”, reconheceu e agradeceu o secretário-geral da CNBB.
O bispo falou também do lançamento da Semana Laudato Si’, das reuniões com representantes da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama) e com o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribeno (Celam) e dos encontros com colaboradores, pastorais e organismos.
Por fim, o secretário-geral informou que a reunião do Conselho Permanente avaliará 216 nomes novos para integrar o corpo de serviços à CNBB para o quadriênio 2023-2027, sendo 55 assessores e 161 bispos, numa perspectiva de fortalecer a organização de forma sinodal, de comunhão e participação.
Relações institucionais e governamentais
O assessor de relações institucionais e governamentais da CNBB, padre Paulo Renato, fez um balanço do trabalho que desenvolveu ao longo de sete anos à frente das articulações institucionais e governamentais da CNBB.
Padre Paulo Renato destacou a importância histórica da CNBB na sociedade brasileira e a relevância institucional junto aos poderes da República e de relevantes instituições nacionais. Ele destacou que o trabalho desenvolvido busca pautar as relações institucionais, não personalistas.
Ele ressaltou que o trabalho de articulação institucional da CNBB busca seguir as os parâmetros estabelecidos pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais. Padre Paulo também apresentou aos bispos as definições do Regimento da CNBB sobre as relações institucionais, expressas nos artigos 14 a 16.
O parágrafo segundo do 14º artigo do Regimento da CNBB estabelece assim as atribuições das Relações Institucionais e Governamentais (RIG): “A RIG tem como atribuição facilitar, promover e acompanhar as relações institucionais entre a Conferência e os poderes do Estado brasileiro, nas suas diversas instâncias, e também as instituições da sociedade civil”.
Avaliação da 60ª Assembleia Geral da CNBB
O atual bispo de Camaçari, na Bahia, dom Dirceu de Oliveira Medeiros, e a assessora da Comissão para a Juventude da CNBB, irmã Valéria Andrade Leal, apresentaram a avaliação quantitativa e qualitativa da 60ª Assembleia Geral da CNBB.
Fonte: CNBB