O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), monsenhor Antônio Luiz Catelan, apresentou o processo de elaboração das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) que vão orientar a caminhada da Igreja no Brasil para o período de 2019-2023.
Segundo o monsenhor, a equipe de redação composta por bispos e peritos e coordenada pelo arcebispo de São Luiz (MA), dom José Belisário da Silva, já se reuniu duas vezes. Atualmente, explicou, os sub-grupos estão redigindo partes do documento, num processo que vai até o fim deste mês de outubro.
Até o final de outubro, a equipe reunirá todas as partes e todos os membros farão um estudo pessoal do material. De acordo com Catelan, está marcada para dezembro uma nova reunião onde o texto integral será lido e acrescentadas as observações de cada membro.
Após esta fase, a equipe enviará em janeiro de 2019 um texto mais consolidado aos bispos. Estes, informa o monsenhor, poderão em suas dioceses estudá-lo individualmente e em equipes, para que sejam levantadas novas propostas de modificação que deverão ser enviadas para a equipe de redação até o final de janeiro.
A equipe então se reúne mais uma vez para discutir cada uma das propostas. Em seguida o texto é novamente enviado aos bispos que até o início da assembleia poderão apresentar novas emendas. E então o texto segue a discussão padrão definido no regimento da Conferência para os temas centrais dentro da Assembleia com apresentação geral, trabalho de grupos, discussão e aprovação de emendas ao texto final.
Finalidade pastoral – Na avaliação de Catelan, as DGAE são o texto mais significativo da própria Conferência. “Elas exprimem melhor a natureza da própria Conferência Episcopal que é a mútua ajuda entre os bispos com finalidade pastoral”, disse. No texto, explica o monsenhor, se identificam os elementos do contexto atual que precisam de maior atenção na evangelização e em seguida se faz orientações e pistas gerais de atuação.
O texto das diretrizes é renovado a cada 4 anos, às vezes reformulado inteiramente, às vezes apenas modificado em alguns de seus pontos. “No caso atual, em 2019 haverá uma reformulação significativa sem que os pontos fundamentais, que já vêm de 7 anos, sejam modificados”, explica Catelan.
Para as DGAE 2019-2023, o religioso informa que a equipe propôs um eixo fundamental em torno do qual giram as outras urgências. E esse eixo, em profunda fidelidade à intuição da Conferência de Aparecida (SP), e sobretudo ao magistério do papa Francisco, é o eixo missionário. “A imagem da comunidade missionária foi escolhida para ajudar na redação e divulgação do documento e a partir disto as outras urgências são trabalhadas”, conclui.
Fonte: CNBB