Dom Gregório Paixão, OSB, preside o encerramento do retiro canônico dos pré-diáconos

Foto: Reprodução.

De 18 a 22 de novembro de 2024, os seminaristas do 4º ano de Teologia, que se preparam para a Ordenação Diaconal (que ocorrerá no dia 20/12/2024), viveram dias de intensa oração, comunhão e fraternidade no Retiro Canônico realizado na Casa da Comunidade dos Servos da Divina Misericórdia, com o Pe. Edilson Leite, fundador da comunidade, como pregador.

A missa de encerramento foi presidida pelo arcebispo de Fortaleza, Dom Gregório Paixão, OSB, e concelebrada pelo Pe. Edilson Leite e vários outros sacerdotes. Na ocasião, os pré-diáconos assinaram o Compromisso de Celibato, o Termo de Incardinação, o Termo de Liberdade, realizaram a Profissão de Fé e prestaram o Juramento de Fidelidade.

Esses momentos são solenes e significativos na vida de um candidato ao diaconato ou ao sacerdócio. Cada um desses atos expressa compromissos profundos com a Igreja e com o ministério que será assumido, além de refletirem o compromisso de vida, obediência e comunhão do candidato com a Igreja e sua missão. Entenda a seguir o que significa cada termo.

Assinatura do Compromisso de Celibato
O compromisso de celibato é uma promessa pública de viver a castidade perfeita por amor ao Reino de Deus. Este gesto representa a total dedicação da vida ao serviço da Igreja e o testemunho do amor de Cristo casto pela humanidade.
Durante o rito, o candidato, diante do bispo, declara livremente seu desejo de viver esse estado de vida, assinando um documento que formaliza essa entrega. Este ato demonstra a disponibilidade plena do ordenando para dedicar-se exclusivamente à missão e à comunidade.
O compromisso de celibato está fundamentado no cânon 277 do CIC, que exige dos clérigos, chamados a seguir mais de perto o exemplo de Cristo, que vivam o celibato “como um sinal e estímulo da caridade pastoral e como fonte de fecundidade espiritual no mundo”.

Assinatura do Termo de Incardinação
A incardinação é o vínculo jurídico e pastoral que une o diácono ou sacerdote a uma diocese específica. Ao assinar o Termo de Incardinação, o candidato manifesta sua aceitação de ser incorporado ao presbitério da diocese onde exercerá seu ministério. Esse ato reflete o compromisso de servir à Igreja local sob a orientação do bispo diocesano, assumindo a responsabilidade de colaborar no cuidado pastoral do povo de Deus.
O cânon 265 do CIC afirma que “ninguém pode ser ordenado sem estar incardinado a uma Igreja particular ou comunidade”. Este vínculo é essencial para garantir a unidade, a estabilidade e a organização da missão pastoral da Igreja. O ato expressa a disposição do ordenando em colaborar plenamente com o bispo diocesano e seu presbitério.

Termo de Liberdade
O Termo de Liberdade é um documento formal assinado por um candidato ao sacramento da Ordem (diaconato ou presbiterado), no qual declara perante a Igreja que está pedindo a ordenação de forma livre e consciente, sem qualquer tipo de pressão externa ou coação.
Esse documento demonstra que o candidato escolheu livremente a vocação, ou seja, confirma que o desejo de ser ordenado provém de sua própria vontade, em resposta ao chamado de Deus. Também afirma que o candidato está ciente das exigências do ministério e reconhece as obrigações e as responsabilidades inerentes ao estado clerical, incluindo o compromisso de viver em conformidade com os ensinamentos e a disciplina da Igreja.
A assinatura do Termo de Liberdade é um gesto importante para evidenciar a maturidade, a clareza vocacional e a disposição total de servir à Igreja de coração aberto, sem reservas. Além disso, protege a integridade do processo, demonstrando que a decisão é pessoal e não imposta por terceiros.
Fundamenta-se no cânon 1026 do CIC, que garante que a ordenação só pode ocorrer quando o candidato a recebe de maneira totalmente livre e consciente, sem pressões externas ou coerções. Ele assegura a legitimidade e autenticidade do chamado vocacional, protegendo o direito do candidato de discernir e escolher livremente.

Profissão de Fé
A Profissão de Fé é uma declaração pública de adesão total aos ensinamentos da Igreja Católica. É um momento no qual o candidato reafirma sua crença nas verdades da fé e sua fidelidade ao magistério da Igreja.
A fórmula utilizada inclui a proclamação do Credo e uma declaração de aceitação de tudo o que a Igreja ensina como revelado por Deus. Este ato é um sinal de unidade com a Igreja universal e com o sucessor de Pedro.
A Profissão de Fé está fundamentada no cânon 833, que exige que os candidatos ao diaconato e ao presbiterado façam publicamente sua profissão de fé, usando a fórmula aprovada pela Santa Sé. Esta fórmula inclui o Credo Niceno-Constantinopolitano e uma declaração de adesão a tudo o que a Igreja ensina.

Juramento de Fidelidade
O Juramento de Fidelidade é um compromisso solene de obedecer e colaborar fielmente com os superiores da Igreja, em especial com o bispo diocesano e o Papa. Durante este rito, o candidato promete cumprir suas obrigações ministeriais de acordo com os ensinamentos da Igreja e as diretrizes pastorais de seu bispo. O juramento expressa a responsabilidade do ordenando de ser um servo fiel da verdade e um colaborador leal na missão da Igreja.
O Juramento de Fidelidade está relacionado ao cânon 380, que exige que todos os que assumem ofícios na Igreja jurem fidelidade ao Papa e ao bispo. A fórmula do juramento inclui a promessa de “cumprir com fidelidade e diligência as obrigações inerentes ao estado clerical”.
Esses ritos, realizados normalmente em um contexto de oração e solenidade, são expressões concretas da entrega e do comprometimento do candidato com sua vocação e com a missão da Igreja. Eles precedem a ordenação, marcando o início de uma vida inteiramente consagrada ao serviço do Evangelho e do povo de Deus.

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