Dom José Luiz Salles, bispos auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza, saudou essa manhã os participantes do Encontro Preparatório ao Seminário “Impactos dos grandes projetos e mudanças climáticas no Ceará”, que acontece hoje, dia 16, no Centro de Pastoral “Maria, Mãe da Igreja” na Arquidiocese de Fortaleza. Pretende-se, com esse seminário, ser base de um encontro sobre o tema, que deve ocorrer no próximo ano, compartilhar discussões e criar uma articulação regional de denúncia e enfrentamento desses problemas. Para atingir esse objeto, participam do encontro representantes de comunidades, pastorais e movimentos sociais para possibilitar a integração política, cultural e a troca de experiências e debater os problemas socioambientais e para a saúde humana, com foco nos impactos gerados localmente e nas mudanças climáticas.
“Quero saudar todos e todas que acolheram o desafio proposto pelas Pastorais Sociais, Cáritas Brasileira Regional Ceará e da Equipe de Animação das Campanhas da Arquidiocese de Fortaleza, de juntos construirmos estratégias comuns de enfrentamento as problemáticas causadas com as mudanças climáticas e aquecimento global. Com esse seminário realizamos um gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2011, o desafio proposto foi ampliado. Juntos sentimos a necessidade de debater os grandes-projetos no tema das mudanças climáticas, que tem uma incidência direta ao meio ambiente. Por isso, hoje começamos juntos: pastorais, movimentos sociais e organizações da sociedade civil a preparação para um importante seminário que acontecerá no ano que vem sobre os “Impactos de Grandes Projetos”, disse dom José Luiz.
Dom José disse ainda que “esse encontro quer questionar esse modelo de desenvolvimento capitalista que avança sobre nossas comunidades e se concretiza através de megaprojetos causadores de grandes impactos socio-ambientais”. E complementou, “são projetos do agro e hidronegócio, de mineração, infraestrutura, transposição de águas, turismo e eventos, que desestruturam, expulsam ou ameaçam a qualidade de vida da população. Em sua saudação alertou que empresas e governos não levam em consideração a necessária participação das comunidades nos processos de decisão sobre o destino e a utilização de seus territórios tradicionais. O bispo finalizou sua fala propondo “criar uma articulação de denúncia e enfrentamento desses problemas”.
O evento é uma realização das Pastorais Sociais, Cáritas do Regional Nordeste I e da Equipe de Animação das Campanhas da Arquidiocese de Fortaleza, organizações que buscam, através da construção de estratégias comuns de enfrentamento, tornar gesto concreto a Campanha da Fraternidade 2011, que aborda o tema das mudanças climáticas e do aquecimento global. Conta com a parceria da Rede Nacional de Advogados Populares, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Fórum Cearense de Mulheres, Instituto Terramar, Fórum de Defesa da Zona Costeira do Ceará, Via Campesina, Frente Cearense por uma nova cultura das águas e contra à transposição do Rio São Francisco, Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza e Núcleo TRAMAS. Tem também o apoio do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade.
Informações: Francisco Vladimir, Jornalista, membro da Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Fortaleza (85) 9973-0089, Ormezita, Comissão Pastoral dos Pescadores (85) 8800 1443, Regilvânia, Cáritas Brasileira Regional Ceará (85) 9934.3903.