[Editorial – junho 2014] “Copa do Mundo – Dignidade – Paz”

dom-josé200Queremos abrir espaço em nosso editorial mensal para um assunto que é polarizador completo nestes meses de junho e julho da atenção de todos: A Copa do mundo de futebol que estará acontecendo entre nós.

E com toda a Igreja no Brasil lembramos: “Direito humano de especial valor, o esporte é necessário a uma vida saudável e não deve ser negligenciado por nenhum povo. De todos os esportes, o brasileiro nutre reconhecida paixão pelo futebol. Explicam-se assim, a expectativa e a alegria com que a maioria dos brasileiros aguarda a Copa do Mundo que será realizada em nosso país, pela segunda vez.

Fiel à sua missão evangelizadora, a Igreja no Brasil acompanha, com presença amorosa, materna e solidária, esse grande evento que reunirá vários países e protagonizará a oportunidade de um congraçamento universal, “na alegria que o esporte pode trazer ao espírito humano, bem como os valores mais profundos que é capaz de nutrir”, como nos lembra o Papa Francisco.

O sucesso da Copa do Mundo não se medirá pelos valores que injetará na economia local ou pelos lucros que proporcionará aos seus patrocinadores. Seu êxito estará na garantia de segurança para todos sem o uso da violência, no respeito aos direitos às pacíficas manifestações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, sobretudo, de pessoas socialmente vulneráveis e combatam eficazmente o racismo e a violência. (cf. Mensagem da CNBB sobre a Copa do Mundo”

Assim: como Igreja nos comprometemos a: acompanhar torcedores e jogadores nas suas demandas por momentos de espiritualidade e encontro com Deus, bem como ser presença orante durante toda a Copa; acompanhar as populações vulneráveis, especialmente aquelas em situação de rua, para que não sejam retiradas dos logradouros públicos durante a copa e depois devolvidas às ruas, como objetos que atrapalham a realização do evento; participar dos esforços por conscientização dos que nos visitam, para que não pratiquem o turismo sexual mas sejam presença que valorize a dignidade humana e a confraternização universal.

Confraternização universal – esta será a melhor marca, o melhor testemunho, o valor alto para o bem comum como fruto de um evento que movimenta o mundo inteiro.

Que fruto desta confraternização sejam melhores condições de vida e convivência humana em nossa pátria e no mundo todo, na construção de uma verdadeira Civilização do encontro, como nos concita o Papa Francisco que reuniu, ele mesmo, multidões de jovens na grande confraternização, que foi precursora da Copa do Mundo, na JMJ Rio 2013.

Que beleza o testemunho de um mundo fraterno e em paz, congraçado com o bem e expressão de um mundo novo que é possível!

+ José Antonio Aparecido Tosi Marques

Arcebispo de Fortaleza

Uma resposta

  1. Recebi um folheto de informações na missa de domingo na Igreja Nossa Senhora de Fátima. Quando li fiquei surpresa e feliz com a posição da Igreja.

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