A última parte da série de entrevista com Padre Cristovam Iubel, nos desperta para a necessidade da formação dos agentes da Pastoral do Dízimo. Além da conscientização é necessária a transparência da aplicação do dízimo na comunidade. As pessoas precisam saber com clareza, onde o dízimo foi aplicado.
1. Para as comunidades que já vivenciam a experiência do dízimo. Porém, esfriou um pouco a caminha. O que é possível ser feito para criar um novo dinamismo nesta comunidade?
Isso que você estar me perguntamos, nos chamamos de reavivamento. O reavivamento é um trabalho desenvolvido na comunidade para detectar os problemas, e as dificuldades. Entender o porquê o dízimo não estar dando certo, não estar funcionando. E tendo consciência desse problema, a gente vai direto à ele. Porque às vezes o problema é a falta de conscientização. É um relacionamento difícil com o Padre ou com a equipe que coordena a comunidade. Às vezes é falta de prestação de contas, falta de transparência. Às vezes as pessoas não percebem onde o dízimo estar sendo usado. Então, é preciso descobrir os problemas para poder ir direto à raiz dos problemas.
2. Como a comunidade pode organizar esse reavivamento?
No período de semana a comunidade faz o reavivamento. É o que a gente chama de Semana do Dízimo. Momento onde se escuta as reclamações, conversa com as pessoas. Depois de coletar essas informações, as apresenta ao Padre, à equipe da Paróquia. Então, eles colocam em prática tudo aquilo que deve ser colocado em prática. Muda o que precisa ser mudado. Se uma comunidade não estiver bem é preciso fazer uma semana de reavivamento. É uma espécie de semana de conscientização, porém mais trabalhada, dando espaço para que as pessoas falem, escutando o que elas querem dizer. Então nós animamos o dízimo assim, através de uma semana de revisão e aprofundamento.
3. E qual é a função da Equipe do Dízimo em uma Paróquia?
A equipe do dízimo tem como primeira função a conscientização. Antes de arrecadar, ela deve deixar bastaste claro que o dízimo é para a Evangelização. E deve mostrar isso, e mostrar como? Dizendo: Olha aqui na Igreja temos isso, temos aquilo, e é por causa do dízimo. As pessoas precisam ver o dízimo concretizado na vida da comunidade. Porque elas tomam consciência que a administração do dízimo estar sendo vivida com seriedade. Quando não há transparência e seriedade, as pessoas automaticamente deixam de participar. Ou se elas continuam participando, vão destruindo a pastoral por conta das opiniões que emitem. Então, a função da Pastoral do Dízimo é conscientizar e depois criar um ambiente interessante para se viver o dízimo. Estar atento aos serviços, que a comunidade precisa, que sejam prestados. A equipe do dízimo conversa com o Padre, conversar com as demais equipes. É uma equipe atenta. É uma equipe que receber, e que depois que receber ela entrega o que recebeu para a equipe ou conselho de assuntos econômicos.
4. Então, o Senhor estar dizendo que a Equipe do dízimo não administra o que arrecada?
Isso mesmo, a equipe do dízimo não administra o dízimo. Ela apenas motiva, incentiva, conscientiza e receber. Depois ela entrega e aí não tem mais nada a ver com ela. A equipe que é responsável pelos bens da comunidade administra e faz a prestação de contas. A prestação de contas quem faz é o Conselho para assuntos econômicos. Essa equipe tem a obrigação de mensalmente dizer para a comunidade, o que naquele mês foi recebido e onde foi aplicado. Geralmente, as aplicações são feitas por dimensões. Dimensão religiosa, social, missionária. Então, é preciso se fazer uma prestação de contas rápida, breve, mas bem clara. E depois fixar, em algum lugar, essa prestação para que a comunidade tenha acesso a essas informações mais detalhadas. Temos que lembrar que mão é possível se pensar o dízimo sem prestação de contas. E essa prestação de contas precisa ser descomplicada. Precisa ser simples para que todos entendam.
5. E quando a prestação de contas não é feita?
Ela trás prejuízos para o processo. Porque as pessoas passam a não acreditar na pastoral. E não acreditam com razão. Porque se não há prestação de contas, como é que saberão onde o dízimo foi aplicado, ou onde ele não foi aplicado. Por isso, que o Conselho de assuntos econômicos precisa estar em sintonia com a equipe do dízimo. E essa equipe é sempre presidida pelo Padre da Paróquia. A equipe tem um coordenador, mas o presidente é sempre o Padre. Então, ressalto novamente, essa equipe precisa dizer de forma muito clara o que foi investido, o que tem em caixa. O que estar sendo guardado, como uma espécie de uma reserva técnica, para momentos de urgência. A prestação de contas deve ser feita mensalmente. E depois é preciso fazer uma prestação de contas anualmente, juntando todos os meses. Tudo com bastante clareza.
6. Uma das grandes dificuldades da pastoral do dízimo é convencer as outras pastorais da importância de ser dizimista. Parece, muitas vezes, que é mais fácil convencer as pessoas que não participam ativamente da comunidade. Pois, as que já são engajadas, pensam que com o serviço já estão contribuindo. E não precisam devolver o dízimo. O que o Senhor pensa sobre isso?
Nós precisamos de formação, quanto a isso não há dúvidas. Pessoas formadas têm argumentação, têm argumentação fundamentada na Sagrada Escritura, nos documentos da Igreja, e nos vários livros que são escritos a partir dos documentos da Igreja e da Sagrada Escritura. Então, precisamos de pessoas formadas que digam com clareza o que é o dízimo. E falando assim com clareza, eu não digo que convença, mas que anima as pessoas, tirem as dúvidas que se tenham. Os agentes do dízimo precisam tirar as dúvidas da comunidade. O caminho é de fato o estudo, o aprofundamento. Tanto que hoje são muitos materiais produzidos, especificamente para s equipes do dízimo das Paróquias. Não há outro caminho, que não seja a formação. A Igreja no Brasil estar caminhando bastante nesse sentido da formação. Até a algum tempo atrás, se contava apenas com a boa vontade. E as pessoas, muitas vezes, que tinha boa vontade nem sempre tinha formação. Hoje se procura a boa vontade e se pede que a pessoa esteja pronta para formação. Caso contrário ela não tem como participara da equipe do dízimo.
7. É possível perceber diferenças em uma pessoa que antes não era dizimista e agora é?
Sim. Ela, primeiro se sente muito bem na Igreja. Porque ela sente que faz parte daquela Igreja, assim como ela faz parte da sua família. É uma espécie de uma segunda família. Até o modo, a postura dela entrando na Igreja é outra. Ela entra descontraída, entra bem, porque ela estar entrando numa casa que é dela. Ela sabe que as cadeiras, os bancos, o altar que estão ali, ela ajudou a adquirir. Ela sabe que participa da manutenção, do investimento, da evangelização. Ela faz aquilo que as pessoas precisam fazer a partir do batismo. Se tornar comprometida com Jesus e com a comunidade. Ela deve ter essa consciência: essa Igreja é minha, essa é a minha comunidade. Eu não sou estrangeiro, essa é a minha casa.
Saiba Mais
A série de entrevistas com o Padre Cristovam Iubel tem como objetivo, ajudar os agentes da pastoral do dízimo, a se prepararem para o Encontro de Animação da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Fortaleza, no dia 30 de outubro.
Veja também a primeira, a segunda e a terceira parte da série de entrevistas.
SERVIÇO
Encontro de animação da Pastoral do Dízimo
30 de outubro, das 8h às 16h.
Local: Paróquia Bom Jesus dos Aflitos
Centro de Evangelização São João Eudes da Comunidade Católica Anuncia-me (Rua Padre Nobrega, 461, Serrinha – Próximo a UECE – Campus Itapery).
Informações e confirmação com João Augusto (85) 3388 8702; 9922 4449; Diác. João Batista (85) 8653-9154 e Silvana (85) 8776-3220; Diác. Sérgio Rocha (85) 8767-6610 ou 3491-1967.
Uma resposta
Como a bençao de Deus consegue permanecer aos nossos corações apartir do momento que vc se abre para bem recebe-la…Foi uma bençao este maravilhoso encontro, até o espirito Santo se fez presente ao vivo podem crer em forma de um passaro a pousar sob nos….. Parabéns a equipe que promoveu este evento vcs sao 1000000000000000000000………….