CDPDH realiza Exposição Itinerante com tema “Os Povos Indígenas no Acervo da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Fortaleza”
O Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza – CDPDH realiza com o movimento indígena, as organizações indigenistas e apoiadores da sua luta nos dias 13, 14, 19 e 20 de agosto, das 13h às 17h no Centro de Pastoral, “Maria, Mãe da Igreja” a Exposição Itinerante com o tema “Os Povos Indígenas no Acervo da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Fortaleza”. Depois o CDPDH divulgará os outros locais onde ela acontecerá.
A exposição faz parte do processo de salvaguarda deste acervo, que está sendo planejado por meio de uma parceria entre o CDPDH, com o Projeto Historiando, e os povos indígenas no Ceará. O conjunto de registros passará por processos relacionados à conservação e documentação, como higienização, identificação, classificação, inventário e digitalização. O objetivo é organizar um Centro de Documentação que contribua para a preservação, o arquivamento e a difusão de fundos documentais sobre movimentos sociais e étnicos no Ceará.
Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza – CDPDH
O Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza – CDPDH surgiu em 1982, por decisão da assembleia pastoral da Arquidiocese de Fortaleza. Sua criação insere-se no contexto de fortalecimento das CEB’s e no apoio efetivo aos movimentos dos sem-teto e terras. Desde então, a instituição passou a prestar assessoria jurídica em casos de violação e prisões ilegais de militares, tortura, violência contra homossexuais, dentre outras violações de Direitos Humanos. Passou também a trabalhar com populações de áreas de riscos e com a temática ambiental.
A partir da primeira metade da década de oitenta, estreitaram-se os contatos da então Equipe de Assessoria às Comunidades Rurais, da Arquidiocese de Fortaleza, com os índios Tapeba. Em seguida, o grupo foi transformado na Equipe Arquidiocesana de Apoio à Questão Indígena – passando a atuar em Caucaia e, pouco depois, entre os Pitaguary (Maracanaú e Pacatuba) e Jenipapo-Kanindé (Aquiraz).
Em 1994, com a separação do CDPDH da Cáritas Arquidiocesana, a Pastoral Indigenista foi incorporada à entidade, transformada na equipe da Temática Indigenista. As atividades da Pastoral continuaram, então, por meio da assessoria jurídica e do acompanhamento dos processos judiciais de demarcação das terras, além das reuniões com lideranças, realização de eventos e apoio ao fortalecimento dos processos de organização comunitária.
Neste cenário, interagiam missionários, lideranças indígenas e comunitárias, agentes pastorais, pesquisadores vinculados às universidades, historiadores e antropólogos, advogados e assistentes sociais, dentre outros atores.
Nestes mais de trinta anos de atuação junto à sociedade civil, o CDPDH acumulou um importante acervo documental, produzido por sujeitos coletivos que constituíram redes de ação e apoio mútuo, num momento fundamental de mobilização popular no contexto da redemocratização brasileira. O acervo é composto de recortes de jornais, cartas, mapas, folders, cartazes, fotografias, documentação contábil e administrativo-financeira, gravações em áudio e vídeo (VHS e cassete), relatórios, cadernos, livros, entre outros documentos significativos para a história das lutas sociais no Ceará.
Informações pelo telefone (85) 3388 8708 no CDPDH ou (85) 8641 6610 com Kelanny do CDPDH.