Cidade do Vaticano (RV) – Na homilia da missa inaugural de seu pontificado, o Papa Francisco reiterou o exemplo de São Francisco de Assis de respeitar todas as criaturas de Deus e o ambiente em que vivem. Lançando um apelo aos governantes e a todas as pessoas para que cuidem do meio ambiente, o Papa pediu a defesa dos mais fracos da sociedade, alertando que o caminho contrário leva à morte e à destruição. Em outras palavras: Desenvolvimento sim, mas sem destruir o que é de Deus.
Dirigindo-se a cerca de 200 mil pessoas e a muitos dignitários estrangeiros reunidos na Praça de São Pedro, o Papa argentino salientou a mensagem que tem sido constante: que a missão da Igreja é defender os pobres e os desprivilegiados.
O Papa disse que sempre que os seres humanos deixam de cuidar do meio ambiente ou uns dos outros, “abre-se o caminho para a destruição, e os corações se endurecem. Tragicamente, em cada período da história, há os herodes que tramam a morte, causam a destruição e deturpam o semblante de homens e mulheres”.
Papa Francisco não fala de situações abstratas: a dicotomia meio-ambiente/trabalho, este relacionado sempre à dignidade, é concreta e se verifica em muitas partes do mundo de hoje. Um caso é o da cidade italiana de Taranto, onde os riscos à saúde provocados pela produção siderúrgica criam uma situação de impasse. O Arcebispo, Dom Filippo Santoro, reitera a ideia do Pontífice de que o lucro não pode ser visto como uma prioridade, e lança idéias alternativas de produção, onde emprego, produtividade e respeito à natureza caminham juntos. Ouça, clicando acima.