FCVSA vai às ruas em defesa das tecnologias sociais de captação de água e de convivência com o semiárido
Hoje, 22 de março é o Dia Mundial das Águas. Aqui no estado, o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) vai às ruas para defender o projeto político de convivência com o Semiárido e mostrar a toda a sociedade os resultados dos programas executados em parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA Brasil): Programa Um Milhão de Cisternas (p1mc) Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).
Neste momento cerca de duas mil pessoas que vieram de todas as regiões do Ceará estão concentradas em frente à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA). Alessandro Nunes, da coordenação estadual do FCVSA ressalta a importância da execução das Políticas Públicas e das políticas governamentais para a efetivação da convivência com o semiárido em parceria com a sociedade civil: “as tecnologias sociais para captação de água com as quais trabalhamos são essenciais para o desenvolvimento das comunidades rurais”.
Um dos principais elementos nos programas da ASA de implementação de tecnologias sociais para captação de água é o processo formativo. As famílias envolvidas no P1mc participam do curso de gerenciamento de recursos hídricos que acontece nas próprias comunidades onde as cisternas serão implementadas e aborda conteúdos como os cuidados com a água na comunidade, os cuidados com a cisterna, questões sociais como relações igualitárias de gênero, além de um pouco da história da ASA.
Alessandro também elenca alguns pontos defendidos pelo conjunto de organizações que compõem a ASA, a exemplo da disseminação do uso das cisternas de placa – feitas de ferro-cimento e com capacidade de 16 mil litros, o suficiente para abastecer uma família durante vários meses de estiagem – para diminuir a falta de água e a defesa da agroecologia, com foco no policultivo. “A concepção política da ASA, com um novo olhar sobre o Nordeste confronta a partilha e a concentração da água e da renda”, afirma.
As instituições que compõem a ASA no Ceará já construíram entre 2004 e 2012 42.973 cisternas em todas as regiões do estado. Além de possibilitar o acesso a água de qualidade para beber e produzir, a construção de cisternas de placa ajuda na conquista da cidadania e autonomia das famílias agricultoras, no incentivo a mão-de-obra local, como nos casos dos pedreiros e pedreiras capacitados que geralmente, são das comunidades onde as cisternas são construídas.
Além do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido participam da mobilização a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura do Ceará (Fetraece).
Mais informações:
Zoraia Nunes, Assessora de Comunicação – 85-9653-0295 – [email protected]
Rosa Nascimento, Assessora de Comunicação – 85 9921-4393 – [email protected]
Sugestão de Fontes:
Alessandro Nunes, coordenação estadual do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido – 85-99970772
Rita Gerlúcia, instrutora do curso de Gerenciamento de Recursos Hídricos – 858 – 96045526