“Hoje nasceu o Salvador”
E o Verbo se fez carne
Na Celebração Natalina no momento da profissão de fé, a comunidade é convidada, a inclinar a cabeça em sinal de adoração ao proclamar as palavras: “E se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e se fez homem”. Faz parte de nossa fé crer que um dia, no tempo do imperador César Augusto, durante o recenseamento; num lugar bem determinado, Belém, na estrebaria; uma mulher, Maria, que concebera do Espírito Santo, deu à luz um Menino. Este Menino fora anunciado pelos profetas e comunicado pelo Anjo. Perguntamos: Quem é o Menino de Belém? Os pastores receberam um anúncio: “Não temais, eis que vos anuncio uma grande alegria: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vos um Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11). Deus vem a nós e se manifesta. O Filho de Deus é Jesus, Homem-Deus. Foi colocado num cocho, na humildade, na pobreza e na simplicidade. Ele é Aquele que traz a paz. O império romano construiu um altar da paz simbolizando que havia dominado o mundo e dado a paz coberta com o sangue dos povos destruídos. Mas ali, nascia o Senhor da paz que cobriria o mundo com seu sangue no altar da cruz, dando paz a esse mundo. Quem é humilde e simples de coração percebe sua presença. Por isso lá vão os pastores. Deus nasce à altura de cada coração aberto a Deus, ao mundo e ao outro. Por isso os Anjos cantaram: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens e mulheres por eles amados” (14). Ele se fez carne e participou totalmente de nossa humanidade para que pudéssemos participar da Divindade. Vivemos a Vida em Deus. Em Belém, na gruta onde se diz que Jesus nasceu, há uma estrela de prata no lugar que Jesus nasceu. Em volta está escrito: Aqui o Verbo se fez carne. Aqui, Deus nasceu para nós
Vimos sua Glória
A liturgia de Natal é toda cheia de luzes. Assim rezamos: “Ó Deus, que fizestes resplandecer esta noite santa com a claridade da verdadeira luz” (oração). Nós cremos que Deus se manifestou em nosso mundo como verdadeira luz. Deus falou por meio de Seu Filho, como lemos em Hebreus: “Deus falou de muitos modos, outrora, aos pais pelos profetas; agora…falou-nos por meio de seu Filho” (Hb 1,1-2). O Filho é a revelação do Deus invisível. Ele é a Palavra viva do Pai. Por isso João ensina: “E a Palavra (Verbo – Logos) se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). A presença de Cristo vem instaurar a paz, pois Ele é o Deus forte, o Pai dos tempos futuros e o Príncipe da paz (Is 9,5). Ele é a manifestação da benignidade de Deus (Tt 2,2,11). Esta graça de Deus se estende por toda a vida de Jesus, até à Ressurreição que coroa a maravilhosa manifestação do amor de Deus.
Contemplando no coração
Somos chamados à contemplação, como Maria: Maria conservava cuidadosamente todos esses acontecimentos e os meditava em seu coração (Lc 2,19). Trazer no coração como orientação da vida, os acontecimentos de nossa redenção e transformá-los em culto, como fizeram os pastores que “voltaram glorificando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhe fora dito pelo anjo” (20). Quem conhece os dons de Deus em sua vida louva e agradece. Por isso temos sempre a Eucaristia para louvar e agradecer em Cristo (prefácio). Rezamos: “Vislumbrando na terra este mistério, possamos gozar no céu de sua plenitude” (Oração). “Senhor Deus, ao celebrarmos com alegria do Natal de nosso Salvador, dai-nos alcançar, por uma vida santa, o eterno convívio” (Pos-comunhão).
Leituras: Isaias 9,1-6;Salmo 95; Tito 2,11-14;Lucas 2,1-14.
Homilia do Natal de Jesus Cristo (25.12.11)
1. No Natal professamos nossa fé na encarnação e nascimento de Jesus. Jesus foi anunciado e comunicado pelo Anjo. O Menino é o Salvador, Cristo Senhor. Nasceu na simplicidade. Ele traz a paz não como a paz romana feita de sangue. Os simples de coração o acolhem. Estes são os amados de Deus. Por seu Natal vivemos a vida de Deus.
2. Jesus é a verdadeira luz. Deus falou por meio de seu Filho. Ele é a revelação. Habitou no meio de nós. Ele vem instaurar a paz. Manifestou a benignidade de Deus. Esta graça se estende por toda a vida de Jesus.
3. Somos chamados à contemplação como Maria que conservava todas essas coisas meditando-as no coração. Trazer no coração como orientação para a vida e para transformá-la em culto como os pastores que voltaram louvando a Deus. Celebrar o Natal e alcançar o eterno convívio.
Berço feito de gente
Dizemos que Deus nasceu e foi colocado num presépio, isto é, num cocho. Se fosse de ouro seria mais digno? Mas que diferença faz para Deus o berço de ouro ou ser colocado num cocho, lugar onde os animais comem. Para Ele o berço era o coração da humanidade na qual se alegrou por entrar. Ele não se envergonha de se chamar nosso irmão, diz a carta aos Hebreus (Hb 2,11).
Naquela noite em Belém, no lugar onde ficavam os animais, nasceu o Salvador da Humanidade. Quis ser pequeno para que ninguém tivesse receio de se aproximar. Ele á a Luz que brilha com uma nova claridade. Ilumina as pessoas por dentro. Ele alegra como o resultado de uma boa colheita. Ele é a graça. Sabe explicar o que é graça? Dá a entender que Deus se abaixa para nos abraçar.
Seu nascimento se dá em nossa história, no tempo de um imperador. Ele é cidadão do mundo: o IBGE do tempo passou por lá. Mas Ele é do Céu, pois os Anjinhos vieram cantar. Ele é dos pobres: os únicos que foram avisados foram os pobres pastores.
Em muitos lugares do mundo estão tirando Jesus de circulação. Tem até um papai noel barrigudo que tomou seu lugar como me disse uma criança: Ele é barrigudo porque engoliu Jesus. Mas, mesmo assim Ele veio para todos.
Respostas de 3
Paz aos Homens e as Mulheres por ele amados,claro que Deus ama os homens e as mulheres,agora ficou como Deus quis e quer.Se ele nasceu de uma mulher,porque falar que ama só sos hmens?.
É sempre bom lembrar que Deus se insere na história da humanidade e se limita a ela em sua dimensão humana, como Cristo fez. As pessoas não compreendiam integralmente o que Jesus dizia porque Ele veio do alto e falava das coisas do alto. Mas Deus respeita a cultura humana no tempo e no espaço. No tempo em que foi escrito o evangelho o mundo ainda era absolutamente masculinizado. Colocar homens e mulheres no mesmo nível de importância seria um escândalo, um absurdo que ninguém compreenderia. Portanto, Deus vai revelando seu amor aos poucos. Mesmo que dure milênios!!!!!!! O Senhor é paciente. Afinal Ele é amor!
Êle está falando do homem genérico (homem e mulher). Êle ama a todos nós.