Inserida nas ações da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Mama “Outubro Rosa”, a Pastoral da Saúde fez um convite para que em todo o país as comunidades rezem nas intenções das missas pelas vítimas da doença. No contexto do Mês Missionário, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, ressaltou a preocupação e o incentivo que a Igreja deve dar às mulheres para que participem da prevenção.
O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu na década de 1990 para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade, de acordo com Instituto Nacional do Câncer.
A Pastoral da Saúde, na primeira quinzena de outubro, realizou publicações nas redes sociais para divulgar as iniciativas da campanha e informações a respeito da prevenção. Para o fim do mês, a proposta é que no dia 23 de outubro, próximo domingo, as comunidades coloquem nas intenções das missas e celebrações da Palavra as vítimas do câncer de mama e de maneira particular as mulheres falecidas em decorrência da doença.
Recordando o Mês Missionário, que chama a atenção para o cuidado da criação, dom Leonardo Steiner afirma que a Igreja também se preocupa com as irmãs, mamães e avós. “Queremos nos preocuparmos com elas, mas incentivá-las a fazerem o exame de prevenção, fazerem o exame para terem o diagnóstico, para que elas sejam mulheres saudáveis e nos ajudem a continuar essa tarefa tão importante de sermos missionários e sermos também essa presença materna no meio da sociedade”, disse.
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A coordenadora da Pastoral da Mulher Marginalizada, irmã Maria Roseli, considera que a Campanha Outubro Rosa tem o lado positivo que é a conscientização do problema do câncer de mama, mas tem um lado de injustiça social. “O mesmo governo que faz e que promove essa conscientização, nega o acesso dessas mulheres conscientizadas à estrutura que oferece o exame”, denuncia. A iniciativa é positiva, segundo a religiosa, “mas tem que vir com uma estrutura que oferece a essas pessoas condições para que possam tirar suas dúvidas em relação ao problema que porventura exista”.
Reconhecendo a dificuldade de acesso da população aos exames diagnósticos, como a mamografia, dom Leonardo Steiner indica às mulheres que procurem os Centros de Saúde para que possam, ao menos, aprender a fazer o auto exame. “Eu penso que se nós nos dedicarmos mais a esse cuidado, nós teremos essa presença feminina melhor e mais saudável nas nossas comunidades”, acredita o bispo.
FONTE: CNBB