“Jesus foi batizado”

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista

O Batismo, início de uma missão
A festa do batismo de Jesus nas águas do rio Jordão, é uma das etapas da Manifestação do Senhor e abre o Tempo Comum. É o tempo em que procuramos viver o Mistério de Cristo em sua totalidade com o um dom para cada dia. É o tempo presente de Deus para vivermos o que Cristo viveu em seu Mistério Pascal. O Batismo de Jesus é a Manifestação de Cristo aos Judeus. A comunidade cristã provinda do judaísmo não se baseava em palavras somente, mas em fatos da vida de Jesus que muitos haviam presenciado. A celebração de seu Batismo mostra a ligação de Jesus com seu Pai. O Pai lhe dá o Espírito, ungindo-o para a missão que nasce no Antigo Testamento, nas águas do Rio que se abriu para passar o povo de Deus. Agora o rio se abre novamente para que passe o Primeiro do novo povo, o Filho de Deus. Em nosso Batismo entramos nas mesmas águas da salvação para nos constituir como povo da Nova Aliança. Jesus inicia sua vida pública marcado pelo Espírito que O invade e unge para que cumpra a missão de realizar a vontade do Pai. Ser possuído pelo Espírito será para fazer sempre o bem, curar a todos e eliminar as forças do mal. Pedro ensina que Ele passou fazendo o bem (At 10,38). Seu Batismo é um projeto para implantar o Reino de Deus. Quando os céus se abrem, revela-se a união permanente de Jesus com o Pai, que lhe demonstra seu afeto: “Tu és meu Filho amado em ti coloquei todo meu agrado”. Jesus, em tudo quis fazer sempre a vontade do Pai.

Batismo e identidade cristã
O Batismo de Jesus ensina a viver como Ele vivia na escuta do Pai que também nos ama. Jesus é a manifestação deste amor de predileção de Deus por cada um de nós. Esse amor é a missão do fiel conduzido pelo Espírito para fazer o bem e anular toda força do mal. No Batismo somos adotados por Deus como seus filhos. Dizemos sobre os filhos adotivos que são filhos do coração. Ele continua amando cada um que O escolhe e aqueles pequeninos que Ele escolhe para receberem seu afeto de Pai. Esses novos filhos assumem as qualidades do Servo de Deus, que Jesus viveu: simplicidade, humildade e bondade no trato. Ele não exige, aceita mesmo aquele que, como uma vela está se apagando. Quem crê, permanece fiel no amor que o Pai nos oferece transformando-o em ação. Louvamos a Deus e agradecemos aqueles que nos abriram o caminho da fé.

O cristão, outro Cristo
Em nossos batismos, devemos perguntar se as pessoas que levam as crianças a serem batizadas, estão realmente vendo Jesus batizar e entrar na vida de seu filho ou afilhado. O que mais precisamos ver é que somos filhos amados de Deus como Jesus o é. Deus diz naquele momento: “Tu é meu filho amado, em quem muito me alegro”. Ser filho amado do Pai não é pouca coisa. É preciso continuar vendo Jesus na sua vida e no que faz. O cristão só o será de verdade, se for como Cristo foi, amado pelo Pai e fiel até o fim. O grande desafio do cristão é espelhar em si a imagem de Cristo de tal modo que quem nos vê, vê uma face de Cristo. O batismo não é um ato social, como alguns querem, pois nem aceitam fazer juntos com os demais. Quando irmão de fé é um empecilho, algo deve estar errado na minha vida.

Uma resposta

  1. Nas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, o princípio da salvação do ser humano, está no seu renascimento espiritual: “…Em verdade, em verdade te digo que quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne, é carne, e o que nasceu do Espírito, é espírito” (João 3:5-6). Esse nascimento com a água e Espírito é efetivado no mistério do batismo. Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o mistério do batismo, após a Sua ressurreição dos mortos, quando Ele apareceu aos Seus discípulos e disse: “Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei…” (Mt 28:19-20). (…)

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