[Artigo] Madre Teresa escreveu o Evangelho com a vida

Padre Geovane Saraiva*

Na Solenidade da Anunciação do Senhor, neste ano celebrado na data (4/4/2016), o Papa Francisco declarou que a história da humanidade foi feita de uma “corrente de sim a Deus, à esperança do Senhor”, a partir de Abraão e Moisés, destacando entre outros pontos que, na Eucaristia da Solenidade da Anunciação do Senhor, que no ‘sim’ de Maria se “encontra o sim de toda a História da Salvação”, fazendo-nos recordar o sim didático e consequente de Madre Teresa: “O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá”.padre-geovane_t

Já no dia anterior, O Romano Pontífice, na missa na Praça de São Pedro, deixou a seguinte mensagem do II Domingo da Páscoa e festa da Divina Misericórdia: “Escrever o Evangelho com gestos concretos de amor e de misericórdia; nem tudo foi escrito e que permanece um livro aberto, onde continuar a escrever os sinais dos discípulos de Cristo, gestos concretos de amor, que são o testemunho melhor da misericórdia. Somos todos chamados a tornarmo-nos escritores vivos do Evangelho”. Convençamos-nos que é sempre possível dizer sim, escrevendo o Evangelho com nossas atitudes, que na assertiva de Madre Teresa: “O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas, sem ela, o oceano será menor”.

Quando o Santo Padre anunciou a Canonização da Madre Teresa de Calcutá, aos 15 de março de 2016, compreende-se ainda mais o sentido de instaurar o Reino de Deus. Deus, no seu indizível mistério de amor, escolheu esta mulher de origem albanesa, para a vida religiosa, ao dizer sempre sim, através dos gestos de caridade, em primeiro lugar aos empobrecidos da Índia, procurando com força a escrever o Evangelho de Jesus de Nazaré, o livro aberto do qual nos fala o Santo Padre. Madre Teresa não só o escreveu, mas rigorosamente procurou vivê-lo em toda a sua plenitude, nos incontáveis gestos de amor para com os pobres mais pobres.

Portanto, a canonização de Madre Teresa, agendada para o dia 4 de setembro de 2016, por ocasião do 19º aniversário de sua morte é causa de grande alegria e júbilo para o mundo cristão, por se tratar de uma figura humana não só referencial, mas totalmente identificada e configurada com o Filho de Deus, que se fez pobre e obediente, até à morte e morte de cruz. Quando ela afirma: “É fácil amar os que estão longe, mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado”, ensina-nos em profundidade o verdadeiro amor.

*Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência  Sacerdotal, integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – [email protected]

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