A mensagem da Virgem Maria em Fátima, além da vivência da palavra de Deus, como prenúncio de felicidade para a criatura humana e para o mundo, é de que, pela oração, se chegue à conversão do coração e, no mundo, reinem a paz e a concórdia entre os povos.
Como é maravilhoso pensar no sentido das palavras da canção Mariana: “A treze de maio na Cova da Iria / No céu aparece a Virgem Maria / A três pastorinhos, cercada de luz / Visita Maria, a mãe de Jesus / A mãe vem pedir constante oração / Pois só de Jesus nos vem a salvação / Da agreste azinheira a Virgem falou / E aos três a Senhora tranquilos deixou / Se o mundo quiserdes da guerra livrar / Fazei penitência de tanto pecar. (…)”.
Que a celebração do centenário das aparições de Fátima envolva a humanidade, elevada e agradecida, de alma e coração aos céus, nas incontáveis manifestações de bondade do nosso Deus. Convençamo-nos de que a nova aliança, no vinho novo de outrora solicitado pela Mãe ao Filho, torna-se possível quando, a exemplo de Maria, se procura renovar os sonhos de esperança, na busca da restauração da pessoa humana, voltada para Deus e liberta de todas as solicitações do mal. Como se torna urgente o vinho novo, o de ter diante dos olhos e no coração o projeto de Deus: a humanidade pacificada e reconciliada no amor!
Quão admirável é, em Maria, não se encontrar nada de obstáculo, de imperfeição, de falha! Que animada seja a caminhada das pessoas de boa vontade, persistente, na esperança do futuro segundo o desejo do nosso bom Senhor: a glória. Guardemos no coração a seguinte imagem da Santa Mãe de Deus, alhures dita em artigo: “É toda bela, toda pura, toda santa, a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do seu povo, a nossa honra, garantindo o pleno êxito da redenção pela sua íntima participação na obra redentora do seu Filho”.
Deus nos dê a graça, pelas aparições de Fátima, de sempre mais nos associarmos ao mistério da encarnação, na melodia maravilhosa dos anjos, habitantes especiais, que povoaram os céus na noite santa do nascimento do Salvador da humanidade, reconhecendo a imensa grandeza de Deus, ao proclamar bem alto: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” (cf. Lc 2, 13-14). Que nossa ação pela paz suba aos céus em oração, como pediu a Virgem de Fátima, na sua primeira aparição.
*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – [email protected]