“Santos, marcados pela fidelidade a Deus no amor a geração dos que procuram o Senhor”
Queridos irmãos em Cristo!
Celebramos neste domingo, como membros da Igreja “militante”, a unidade com todos os que se encontram na casa do Pai, membros da Igreja “triunfante”, portanto reunidos em eucaristia louvamos e bendizemos a Deus – Trindade Santa que congrega em torno de si seus filhos bem-aventurados e nos mostra o horizonte que nos aguarda como também o destino de nossas ações aqui na terra!
Pedimos ao Pai que nos dê a graça de celebrar de uma só festa os méritos de todos os santos como também a força divina para correspondermos à nossa vocação fundamental que é a santidade!
Quem são os santos? Esta pergunta permeia toda esta solenidade! As leituras proclamadas nos apresentam que estes nossos irmãos são aqueles marcados pela fidelidade à Deus, principalmente nas tribulações e dificuldades, onde a fé é provada e o sentido da esperança parece não se manter. O texto do livro do Apocalipse nos mostra que os que foram testados na provação, permanecendo de pé diante do trono e do cordeiro imolado, trajando as vestes brancas da pureza, com as palmas do martírio nas mãos, são modelo para a nossa caminhada também.
No batismo, somos marcados por Cristo com o sinal da cruz, lembramos as palavras que nos acolheram na Igreja pela primeira vez: “O nosso sinal é a cruz de Cristo”. Uma vez assim assinalados na fronte assumimos o mesmo itinerário do Senhor e a nossa vocação batismal nos remete ao chamado a uma vida santa! Somos incorporados ao corpo de Cristo – que é a Igreja e destinados a assumir no mundo a missão de ser: “a geração dos que procuram o Senhor”! Entretanto necessitamos, como primeiro passo, tornar mais viva a consciência de que somos filhos de Deus muito amados (2ª leitura) e que por meio do amor a Deus e ao próximo revelaremos a nossa verdadeira identidade e ação!
O texto das bem-aventuranças nesta celebração da páscoa do Senhor em nossas vidas é o caminho de santidade proposto para todos nós no decorrer desta semana. Jesus declara felizes aqueles que se colocam como pobres, aflitos, mansos, famintos e sedentos em realizar a vontade de Deus em suas vidas, que sabem sofrer com os sofredores, os que preservam seus corações da maldade na pureza, os pacíficos e os perseguidos por causa do seu “jeito diferente” de viver, muitas vezes em conflito com os valores apresentados ultimamente para nós como “normais e aceitos”
Todos nós, sem exceção somos convidados à santidade a partir da nossa vocação como batizados, membros da Igreja, atuantes no mundo. Infelizmente, muitas vezes ainda temos a concepção que ser santo é estar “fora do mundo”, muito pelo contrário. A santidade é construída cotidianamente em todas as nossas atitudes e escolhas as quais colocam Deus no centro de tudo. Foi justamente isso que fizeram todos os que são reconhecidos pela Igreja em estado de profunda comunhão com o Senhor.
Nós católicos romanos reconhecemos nos santos um modelo a ser seguido, somente adoramos a Deus, Pai todo-poderoso que em sua infinita bondade e comunhão deseja ver todos os seus filhos reunidos na festa do céu. Os santos que veneramos são uma grande inspiração pois nos mostram que é possível viver o evangelho de Cristo, principalmente em momentos de dificuldades e provações. A nossa época atual será sempre uma época necessitada de grandes exemplos e os santos sãos estes referenciais cuja vida apontam para um único caminho: O próprio Deus, Santo e fonte de toda santidade.
Não tenhamos receio de sermos santos ou mesmo de desejar ser!
Vivendo o amor estaremos nos formando no caminho da santidade! Sejamos santos! É a vontade do Pai!
Desejando que Deus seja tudo em todos, em Jesus o bom pastor e Maria nossa Mãe.
Pe. Fernando Antonio