Meditação do Evangelho do Domingo de Pentecostes – Jo 7,37-39 – VIGÍLIA e Jo 20,19-23 – MISSA DO DIA

Amados irmãos em Cristo ressuscitado!

O Senhor no envia o seu Espírito e renova toda a face da terra! (Sl 103/104)

Neste final de semana em caráter de solenidade celebramos, desde a vigília, a ação salvífica de Deus em favor do seu povo por meio do seu Espírito derramado abundantemente sobre nós que aguardamos confiantes durante esses 50 dias a realização das promessas pascais, frutos da ressurreição do Senhor que do alto dos céus, intercedendo por nós presenteia-nos com a força do alto!

O desejo de Deus já fora expresso para nós no decorrer desta semana por meio da “oração sacerdotal de Jesus” que, no capítulo 17 do Evangelho de João, apresentava a necessidade da unidade como o sinal dado ao mundo pelos discípulos-missonários: “Que todos sejam um!” O amor vivenciado como relação íntima entre o Pai e o Filho é, portanto, modelo a ser seguido por todos nós que, agora temos a missão de continuarmos a obra redentora do divino mestre.

Bem sabemos que muitas são as forças que dividem e contribuem negativamente para a separação, a divisão e a destruição do plano de Deus para cada um de nós! O desejo de poder, de fama e do destaque forjados num profundo egoísmo elevam o coração humano às sumas alturas, mas também proporcionam uma grande confusão – onde ninguém mais se entende e a iminente queda (Gn 11, 1-9).

O projeto de Deus é sempre diferente e restaurador da vida humana, por essa razão o Senhor Jesus, no dia mais solene da festa das Tendas – festa que o Senhor pediu a Moisés em Lv 23,33, na qual os judeus se alegram na presença de Deus e recordam suas origens e os quarenta anos de peregrinação no deserto, saindo de suas casas e morando em tendas durante sete dias – proclamou em alta voz e de pé: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Aquele que crê em mim, do seu interior jorrarão rios de água viva.” (Jo 7, 37-38).

Devemos, pois nos desinstalar de nossos projetos egoístas e, na condição de peregrinos/migrantes deixar que a proposta de Deus – que armou a sua tenda no meio de nós (Jo 1,14) nos oriente por meio do seu Espírito com todos os seus dons!

Chegado o dia de Pentecostes – 50 dias depois da Páscoa – o qual está historicamente ligado ao festival judaico da colheita, comemorando também a entrega dos dez mandamentos no Monte Sinai – 50 dias depois do Êxodo – os discípulos reunidos no mesmo lugar recebem o dom de comunicar/anunciar as maravilhas de Deus na língua que as várias nações presentes poderiam entender (At 2,11).

Como esta festa possui um caráter universal e “menos caseiro” e, portanto mais íntimo como a Páscoa, o Pentecostes já é uma realidade ecumênica por si, onde o desejo de unidade como um dos dons do espírito, já é descrito pelo apóstolo Paulo, na segunda leitura: Há diversidade de: dons, ministérios, serviços (diferentes atividades) mas, um mesmo é o Espírito!

Esta bela imagem da unidade na diversidade faz com que a Igreja, buscando ser fiel ao Senhor, experimente, além da paz – fruto da comunhão entre os que se reconhecem diferentes, um novo “ar”: O Senhor “sopra” sobre os discípulos reunidos em seu nome a fim de que no mundo possam também testemunhar a comunhão, a paz e o perdão.

Capacitados pelo Espírito do Senhor o Bom Pastor, deixemos esse novo ar oxigenar as nossas iniciativas pessoais e pastorais.

Em Jesus e Maria.
Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa

Respostas de 2

  1. Gosto muito desta página, é uma boa orientação para entendermos melhor o que Deus nos fala.

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