Nosso bispo profeta fez sua páscoa neste tempo em que a Igreja celebra a páscoa de Jesus. Ele será acolhido no céu pelos preferidos de Jesus, os quais não passaram despercebidos aos olhos deste doutor da fé.
Dom Tomás frequentou a escola dos indígenas, dos posseiros, dos ribeirinhos, dos quilombolas, dos agricultores, dos sem terra e soube aprender com eles a gramatica do Evangelho e da simplicidade.
Como um verdadeiro discípulo e se fez missionário de Jesus Cristo e o testemunhou junto ao mundo dos pobres como o divino mestre da justiça e da paz.
Solidarizamo-nos com todos os que se sentem órfãos pela partida desse verdadeiro pastor da Igreja e com eles choramos a saudade de sua presença visível, e, ao mesmo tempo, nos consolamos pelos exemplos e ensinamentos que ele nos deixa a serviço de um mundo mais justo e de uma humanidade mais fraterna, comprometendo-nos em prosseguir na mesma caminhada por onde ele andou.
Dom Tomás, homem livre e libertário agora, do céu, nos convida a prosseguir e a aprofundar sempre o evangelho encarnado que tem rosto e nome, vivido no compromisso social e político junto com os empobrecidos e pequeninos desse mundo, na acolhida gratuita do reino de Deus e assuste feliz a aprovação, por nós bispos, do documento sobre a questão agrária, pelo qual tanto se empenhou.
Dom Tomás, servo bom e fiel, é acolhido no abraço do Pai Eterno com a mesma ternura com que soube acolher os pequeninos deste mundo, os pobres terra.
Em nome da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz nossa eterna gratidão!
Aparecida – SP, 3 de maio de 2014.
Dom Guilherme Werlang
Bispo de Ipameri – GO e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz