Missas e Procissão marcam o Dia do Perdão de Assis em Canindé
Canindé que este ano comemora 258 anos das origens de devoção a São Francisco, realizou uma das festas mais concorridas no meio dos franciscanos: O Perdão de Assis. Missas, procissão, confissões, rezas, marcaram os 800 anos da Indulgência plenária da Porciúncula. Pela primeira vez na história católica da cidade, a imagem de Nossa Senhora dos Anjos, saiu às ruas para ser reverenciada pelos fiéis.
Antes da Santa Missa, a Pastoral da Juventude, fez uma apresentação belíssima de encher os olhos dos presentes, em frente à Basílica, para mostrar na encenação, o real significado do ‘’Perdão de Assis’’. As cenas emocionaram os presentes.
Na Missa presidida pelo pároco e reitor do Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé, Frei Marconi Lins, transmitida ao vivo pelo Canal Católico “REDE VIDA’’, a presença da família franciscana: Frei Sergio Moura, Frei Paulo Santos, Frei Jurandir Caetano, Frei José Domingos, Frei Adimar Colaço e Dom Martinho, que participaram da celebração.
A Basílica ficou lotada. Durante a pregação, frei Marconi Lins fez questão de lembrar-se da história de São Francisco, que em vida sempre buscou ajudar os mais humildes e eis a razão de escolher Canindé para sua morada, pela humildade, simplicidade e carisma de seu povo. Ontem também foi lançado o cartaz da Festa de São Francisco de 2016, que por conta das eleições acontecerá de 06 a 16 de outubro.
“Canindé é um pedaço pobre do Sertão, onde seu povo enfrenta dificuldades, mas com a fé e a devoção a São Francisco, tem encontrado forças para levar adiante esse Santuário tão importante na vida de cada um”, lembrou o frei.
O PERDÃO DE ASSIS
A santa madre Igreja, abrindo com materna generosidade os tesouros que por Cristo Senhor lhe foi confiados, deu a seus filhos a possibilidade de lucrar a indulgência plenária da Porciúncula, cuja origem se deve àquela ardentíssima caridade com que São Francisco de Assis, pai seráfico dos frades menores, iluminou e incendiou de amor os lugares e as almas que tiveram a alegria de conhecê-lo. Segundo as crônicas da Ordem, no ano de 1216, após passar a noite em profunda oração, São Francisco teve na pequenina igreja da Porciúncula, nas proximidades de Assis, uma visão de Maria Santíssima e de seu divino Filho. Perguntaram-lhe, naquela milagrosa e singular aparição, que favor ele gostaria de pedir. Zeloso pela salvação das almas, Francisco não demorou a responder-lhes: “Que todos quantos, arrependidos e devidamente confessados, vierem visitar esta igrejinha, possam receber a completa remissão de seus pecados”. Jesus então lhe disse: “É grande o que me pedes; mas o concedo de bom grado, sob a condição de que vá pedir tal indulgência ao meu vigário na terra, o Papa”. Francisco foi às pressas ao encontro do Pontífice reinante à época, Honório III, que, apesar das hesitações da Cúria Romana, acabou por aprovar aquele inusitado pedido. Voltando a Porciúncula poucos dias depois, o pai seráfico exclamou, com lágrimas de alegria, diante do povo e do episcopado da Úmbria: “Irmãos, quero levar-vos todos para o Paraíso!” E assim ficou instituído o chamado Perdão de Assis.
Essa indulgência, válida até os nossos dias, pode ser lucrada todo dia 2 agosto pelos fiéis que, cumprindo as condições usuais, visitarem a pequena igreja da Porciúncula, na Basílica de Santa Maria dos Anjos. No entanto, aos fiéis que não for possível realizar essa peregrinação a Igreja concede a mesma indulgência, bastando-lhes para isso, além de preencher as condições requeridas — confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Santo Padre —, visitar uma igreja catedral ou a matriz paroquial e, nessa piedosa visita, recitar a Oração Dominical e o Símbolo dos Apóstolos. Esse privilégio se estende também a todas as igrejas franciscanas. Ouçamos, pois, o grito que o Evangelho deste dia põe na boca de São Pedro: “Senhor, me salva!” Dirijamos a Deus essa mesma súplica e, de coração contrito, aproveitemos os dons que Ele, por intermédio de sua única e santa Igreja, hoje nos concede. Corramos a lucrar a indulgência da Porciúncula; livremo-nos do Purgatório, socorramos as almas que lá ainda padecem, abramo-nos ao perdão de Deus. — “Irmãos, quero levar-vos todos para Paraíso!”, permanece a clamar.
O Papa Francisco recordou a recorrência do Perdão de Assis, afirmando ser “um forte chamado a aproximar-se do Senhor no sacramento da Misericórdia e também da Comunhão”.
Muitos têm medo de se aproximar à Confissão ao esquecerem que lá “não encontramos um juiz severo, mas o Pai imensamente misericordioso” refletiu o Papa.
“É verdade que quando vamos ao confessionário, sentimos um pouco de vergonha”, prosseguiu o Pontífice, acrescentando que isto acontece com todos. Mas o Papa observa que “devemos lembrar que também esta vergonha é uma graça que nos prepara ao abraço do Pai, que sempre perdoa e sempre perdoa tudo”.
Dia 2 de agosto foi celebrado em todas as paróquias do mundo e em todas as Igrejas franciscanas o Perdão de Assis, ou, a Indulgência da Porciúncula. A origem desta graça está ligada à história da pequena Porciúncula, dentro da Basílica Santa Maria dos Anjos, em Assis, de São Francisco e de toda a Ordem Franciscana.
Colaboração de texto: Antônio Carlos Alves. Fotos: Arquivo da Paróquia.
Fonte: Equipe de Comunicação de Mídias Digitais do Santuário (www.santuariodecaninde.com).
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