Mosteiro de São Bento de Fortaleza é incorporado à Ordem Beneditina do Brasil

Missa no Mosteiro de São Bento – Foto: Laércio Peixoto

Na sexta-feira, 21 de março, o Mosteiro de São Bento, em Fortaleza, celebra uma data de grande importância para a comunidade beneditina: o Trânsito de São Bento. A celebração eucarística foi presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo emérito de Fortaleza, e contou com a presença de Dom Gregório Paixão, OSB, arcebispo de Fortaleza, e Dom Abade Emanuel d’Able do Amaral, OSB, presidente da Congregação Beneditina do Brasil.

O Trânsito de São Bento

A missa em honra ao Trânsito de São Bento recorda o momento de sua morte, quando o santo abade partiu para a Casa do Pai. A história é profundamente comovente e narrada por seu discípulo, o Papa São Gregório Magno. De acordo com a tradição, ao saber da iminência de sua morte, São Bento preparou seu túmulo. Apesar de debilitado pela enfermidade, ele participou da missa e comungou. No exato momento de sua morte, dois de seus monges — um no mosteiro e o outro distante — tiveram a mesma visão: um caminho de luz se estendia da cela do santo até o Céu, simbolizando sua partida para a eternidade.

32 anos de fundação

Este ano, a celebração do Trânsito de São Bento também marca o 32º aniversário de fundação do Mosteiro de São Bento de Fortaleza e a ordenação presbiteral de Dom Gregório Paixão. Fundado oficialmente em 25 de março de 1993, na Solenidade da Anunciação do Senhor, o Mosteiro teve o apoio do Cardeal Aloísio Lorscheider e de Dom Basílio Penido, OSB, Abade Presidente da Congregação Beneditina.

Originalmente vinculado à Abadia de São Bento de Olinda, o Mosteiro de São Bento de Fortaleza foi incorporado à Congregação Beneditina do Brasil como um Priorado Simples em 29 de novembro de 1993. Desde sua fundação, o Mosteiro tem sido um espaço para o fortalecimento da presença beneditina na capital cearense e em toda a região, funcionando como um importante local de oração e espiritualidade.

O retorno à jurisdição Beneditina

Após a fundação em 1993, o Mosteiro de Fortaleza foi inicialmente ligado à Abadia de São Bento de Olinda. Em 2003, no entanto, o Mosteiro foi desligado da Abadia de Olinda, o que gerou incertezas sobre seu futuro. Durante esse período, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques assumiu a responsabilidade pela jurisdição da comunidade monástica, mantendo o Mosteiro aberto e funcionando sob a proteção da Arquidiocese de Fortaleza, que cuidou do local por 22 anos.

Recentemente, um pedido foi feito ao Capítulo da Ordem Beneditina no Brasil, especialmente a Dom Abade Emanuel d’Able do Amaral, OSB, para que o Mosteiro de Fortaleza fosse reintegrado à Ordem Beneditina. Dom Abade Emanuel aceitou o pedido, garantindo assim a incorporação do Mosteiro à Ordem Beneditina do Brasil e deixando de lado a jurisdição da Arquidiocese de Fortaleza.

De acordo com o prior Dom Marcos Martins, OSB, “Este é um grande acontecimento, pois garante a estabilidade de permanência do Mosteiro, algo esperado por 22 anos e agora concretizado. A Santa Sé confirmou e acolheu nosso pedido, e a partir de agora, o Mosteiro de São Bento de Fortaleza pertence oficialmente à Ordem Beneditina.” Este marco histórico é motivo de grande celebração para a comunidade monástica local e para todos os fiéis que acompanham a trajetória do Mosteiro.

Um legado de fé e tradição

Ao longo de seus 32 anos, o Mosteiro de São Bento de Fortaleza tem se dedicado a manter viva a tradição monástica de São Bento, com ênfase na oração, no trabalho e na hospitalidade. A missão da comunidade beneditina permanece firme, proporcionando um espaço de acolhimento, oração e formação espiritual para todos aqueles que buscam aprofundar sua fé.

Galeria de imagens:

Texto: Thiago Ribeiro / fotos: Laércio Peixoto.

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