Com o Papa, o secretário do Dicastério para a Evangelização, dom Fortunatus Nwachukwu (Vatican Media)
O arcebispo Nwachukwu expressa a solidariedade do Dicastério vaticano e a sua própria para com a Igreja e o povo nigeriano ao tomar conhecimento “com pesar de várias fontes de informação sobre a frequência dos sequestros na Nigéria, uma situação que se agravou consideravelmente nos últimos tempos”. “Entre aqueles que se encontram tragicamente em meio ao fogo cruzado desses atos condenáveis estão membros do clero, religiosos e fiéis leigos”, afirma o secretário do Dicastério para a Evangelização
“Nestes tempos difíceis, este Dicastério oferece sua mais profunda e sincera solidariedade ao povo nigeriano, que está enfrentando uma crise que se amplia no alcance e se intensifica em proporção”.
É assim que o secretário do Dicastério para a Evangelização, seção para a primeira evangelização, o arcebispo nigeriano Fortunatus Nwachukwu – em uma mensagem relançada esta sexta-feira (16) pela agência missionária Fides -, expressa a solidariedade do Dicastério e a sua própria para com a Igreja e o povo nigeriano ao tomar conhecimento “com pesar de várias fontes de informação sobre a frequência dos sequestros na Nigéria, uma situação que se agravou consideravelmente nos últimos tempos”.
“Entre aqueles que se encontram tragicamente em meio ao fogo cruzado desses atos condenáveis estão membros do clero, religiosos e fiéis leigos”, enfatiza dom Nwachukwu na mensagem enviada a Lucius Iwejuru Ugorji, arcebispo de Owerri e presidente da Conferência Episcopal da Nigéria.
Solidariedade às vítimas desses sequestros e suas famílias
“Nada pode justificar o crime de sequestro”, diz dom Nwachukwu, porque “a violência física e a tortura mental que acompanham os sequestros minam os pilares da harmonia civil e social, pois traumatizam as pessoas envolvidas, suas famílias e a sociedade em geral”.
“Nossos pensamentos e orações estão voltados para os bispos, o clero e os religiosos, seminaristas, membros devotos da Igreja, todos os cristãos e pessoas de boa vontade em toda a nação”, continua a mensagem na qual expressa “um profundo sentimento de empatia pelas vítimas inocentes desses sequestros e suas famílias”.
“Da mesma forma, pedimos ao governo da Nigéria que aja rapidamente para enfrentar essa ameaça e acabar com a crise em curso.” Dom Nwachukwu espera que “além de tomar medidas para proteger vidas humanas e propriedades, o Estado, com o apoio da Igreja, deve buscar maneiras de reposicionar a nação no caminho do crescimento econômico, da estabilidade política e da coesão religiosa”.
Registrados 3.964 sequestros desde maio de 2023
De acordo com informações obtidas pela Fides, na Nigéria, desde maio de 2023 e o início do mandato do presidente Bola Ahmed Tinubu, a empresa de consultoria em gestão de riscos SBM Intelligence registrou o sequestro de 3.964 pessoas.
“Os sequestros não pouparam a capital federal Abuja, onde Mansoor Al-Kadriyar foi sequestrado junto com seis de suas filhas em 5 de janeiro. Mais tarde, o homem foi libertado para poder pagar 50 milhões de nairas (US$ 35.336) pela libertação de suas filhas. Uma delas foi morta após não pagar a quantia solicitada. As outras recuperaram a liberdade depois que o resgate foi pago.”
Em 11 de janeiro, na área da capital federal, homens armados em uniforme militar realizaram um sequestro em massa, sequestrando 11 pessoas. Uma delas, uma menina de 13 anos, foi morta por não pagar o resgate. Em 18 de janeiro, o complexo militar de Kurudu também foi atacado e duas pessoas foram sequestradas.
(com Fides)
*Tirado do Vatican News