Centenas de jovens cantaram, dançaram e fizeram orações em busca de encontrar sua verdadeira vocação. A sexta edição da Jornada Vocacional de Fortaleza aconteceu ontem, no Colégio Santa Isabel, e foi dedicada à reflexão sobre as escolhas e o futuro da juventude. Ter uma vida dedicada ao sacerdócio, à família, à religião ou laical (quando vivem o seguimento a Cristo na realidade cotidiano 
do homem)?
Para o técnico de edificações Emanuel Brivino de Oliveira, 20, essa pergunta ainda não possui resposta. Ele já participou três vezes do processo vocacional, quando, durante cerca de dois anos, o jovem tem encontros com irmãos da igreja e discute sobre seus anseios. “É um processo de discernimento e precisamos avaliar muito bem qual a nossa inclinação para a vida. Não pode ser apenas algo bom, precisa ser acima disso”, afirmou. A dúvida quanto ao matrimônio é o maior entrave para que Emanuel tome uma decisão. “Vou pensar bem, sempre há tempo”, acrescentou.
Atualmente, conforme a Arquidiocese de Fortaleza, a Capital possui 430 padres, dos quais 220 são sacerdotes que não são ligados às ordens religiosas. O número de seminaristas é 82, distribuídos nas casas de formação do Propedêutico (no bairro Henrique Jorge), Filosofia ( no Antônio Bezerra) e Teologia (no Dias Macedo).
Rodrigo Madeira, 22, escolheu, há cinco anos, a vida religiosa, que deverá transformar-se em vocação para o sacerdócio. “Desde os 13 anos tinha a vontade de ser padre e foi no processo vocacional que descobri o real chamado de Deus”, contou. Para ele, a jornada é a oportunidade de encontro consigo e com os outros. “Isso nos faz encontrar a verdadeira vocação”, destacou.
Durante o encontro, houve shows de seis atrações musicais, adoração ao Santíssimo Sacramento e doação de sangue para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). O evento marcou o fim das comemorações do Mês Vocacional, que aconteceu em agosto. (Sara Oliveira)
(Fonte: Jornal O POVO )