A XVIII Romaria das Comunidade Negras ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (SP), promovida pela Pastoral Afro-brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no dia 1º de novembro, reuniu dezenas de integrantes de grupos e comunidades ligados à Pastoral. A festa, chamada dequizomba, foi um momento para celebrar conquistas e fazer reflexões sobre preconceito, discriminação e promoção de igualdade racial para inclusão e políticas afirmativas em favor de negros e negras. O tema desta edição da romaria foi “Escravos de ontem, excluídos de hoje” e o lema “Com a Mãe Negra, queremos solidariedade e compromisso”.
O ponto alto da Romaria foi a missa na basílica do Santuário Nacional, caracterizada pela presença de expressões afro-brasileiras, como o canto e a dança. Na ocasião, o bispo de Paranaguá (PR) e referencial da Pastoral Afro-Brasileira, dom João Alves dos Santos, recebeu uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida das mãos do arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis.
O carinho da Pastoral Afro-Brasileira com a padroeira do Brasil é traduzido na forma de tratamento. A santa é chamada de Mãe Negra e Mariama, Maria e ama. “Maria é o retrato do povo e sinal de esperança. Maria, mulher que carrega as nossas dores e esperanças com sua fortaleza de mulher e agraciada por Deus”, ressaltam os agentes.
A Romaria abre as comemorações do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. “Comemoramos o dia da Consciência Negra, celebrando a grande conquista e toda luta do povo negro, simbolizada no grande líder Zumbi dos Palmares”, recorda dom João Alves dos Santos.
O evento foi organizado pelo grupo Afro-brasileiro Namíbia e pela Pastoral Afro-brasileira da arquidiocese de Aparecida (SP).
Uma resposta
Foi muito legal !!