[Notícias/CNBB] Cardeal Lluís Sistach visita comunidades carentes do Rio de Janeiro

grandescidades2“Precisamos estar em saída missionária, em postura de proximidade e encontro. Jesus não faz proselitismo, mas vê os corações. Encontrar-se com os jovens e com os pobres é uma preocupação pastoral”, disse o arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, durante visita às comunidades do Rio de Janeiro. Ele foi recebido, na arquidiocese, pelo cardeal dom Orani João Tempesta, e cumpre agenda até o próximo dia 26 de agosto.

No domingo, 23, o cardeal Sistach visitou as comunidades do Jardim América, zona Norte do Rio. No trajeto, foi acolhido por famílias, jovens e crianças. Na ocasião, pode conhecer as experiências da arquidiocese voltadas a práticas ambientais e de diálogo com a juventude, em áreas de extrema pobreza e violência . “São comunidades fecundas na fé. São frutos para a Igreja”, disse dom Martínez.

Evangelizar na cidade

Para o cardeal Sistach, além da estrutura pastoral de evangelização, é preciso uma linguagem adaptada aos dias de hoje: “Ação a favor dos pobres, compromisso ético e a espiritualidade. Homens que falem do Evangelho.  Ser Igreja como porto de salvação, lugar de encontro com o próprio coração, de portas abertas para todos.  É preciso alcançar o coração das pessoas. Estar presente, escutar e aprender a evangelizar. Descobrir cidades distintas, na mesma cidade. Ser missionário e acolher”.

Em suas reflexões, o cardeal Sistach tem questionado sobre as necessidades de a Igreja modificar e potencializar a evangelização das grandes cidades. Na palestra aos bispos brasileiros e assessores, reunidos no Sumaré no encontro “Grandes Cidades”, ele falou sobre os desafios para a unidade e paz.

“O mundo se urbaniza cada dia mais. Dois terços do mundo sera área urbana em 2050. A cidade produz uma ambivalência permanente. Oferece infinitas oportunidades, mas também dificuldades”, pontou o cardeal.

Presença cristã

Na exposição aos bispos, dom Lluís Martínez apresentou um modelo de desenvolvimento humano, que reflete a desintegração do tecido social, o individualismo e competitividade.

“As grandes cidades enfrentam questões como a pobreza, a violência e isolamento social, desafios de mobilidade, anonimato e perda de vínculo social, consumo que leva a frustração, desastres ecológicos e degradação do meio ambiente, especulação e corrupção do espaço público”, disse.

Diante do cenário de desconfiança das instituições públicas e políticas, o cardeal destaca o importante papel da família e da religião. “A família é a via de reconstrução do tecido social em tempos de crises.  A religião dá sentido a uma experiência com Deus, que vive na cidade, na alegria e no sofrimento. A missão da Igreja é fazer o homem descobrir a presença de Deus na cidade e valorizar a presença cristã”, conclui dom Lluís Martínez.

CNBB com informações e fotos da arquidiocese do Rio de Janeiro.

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