[NOTÍCIAS/Papa Francisco] “Cardinalato é vocação, não um prêmio”, diz papa Francisco

Durante o Consistório, no dia 14 de fevereiro, o papa Francisco criará 15 novos cardeais. Os futuros cardeais são de diferentes países como Europa, Ásia, América Latina (México incluído), África e Oceania. Em carta enviada aos nomeados, o papa recordou que o cardinalato não é um prêmio, mas “ser cardeal significa dar testemunho da Ressurreição do Senhor na Diocese de Roma”.

Ainda, na mensagem, o papa pede aos novos cardeais que se preparem “com oração e um pouco de penitência” e tenham “muita paz e alegria”.

Confira a íntegra da carta:

“Caro irmão,

Hoje foi publicada a sua designação como Cardeal da Santa Igreja Romana. Que a minha saudação e minhas orações cheguem a ti. Peço ao Senhor que te acompanhe neste novo serviço, que é um serviço de ajuda, suporte e proximidade especial à pessoa do Papa e para o bem da Igreja.

E justamente para que essa dimensão de serviço seja exercitada, o cardinalato é uma vocação. O Senhor, por meio da Igreja, te chama uma vez mais a servir; e a ti fará bem ao coração repetir na oração a expressão que Jesus sugeriu aos seus discípulos para que se mantivessem na humildade. Digam: ‘Somos servos inúteis’, e isso não como fórmula de boa educação mas como verdade depois do trabalho ‘quando fizerdes tudo o que vos foi mandado’. (Lc 17, 10).

Manter-se com humildade no serviço não é fácil quando se considera o cardinalato como um prêmio, como o ápice de uma carreira, uma dignidade de poder ou de distinção superior. Desde já, o teu compromisso cotidiano para manter afastadas estas considerações e, sobretudo, para recordar que ser Cardeal significa servir na Diocese de Roma para dar testemunho a esta da Ressurreição do Senhor e dá-lo totalmente, até o sangue, se necessário.

Muitos ficarão felizes por esta tua nova vocação e, como bons cristãos, farão festa (porque e característica do cristão alegrar-se e saber festejar). Aceita-o com humildade. Faça com que, nestes festejamentos, não se insinue o espírito da mundanidade que embriaga mais do que graça em jejum, desorienta e separa da cruz de Cristo.

Nos vemos no dia 14 de fevereiro. Prepara-te com oração e um pouco de penitencia. Tenha muita paz e alegria. E, por favor, te peço de não esqueceres de rezar por mim. Deus te abençoe e a Virgem Maria te proteja. Fraternalmente, Francisco”.

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