[NOTÍCIAS/Vaticano] Colégio Cardinalício debate reforma da Cúria Romana

“A meta que queremos alcançar é sempre a de favorecer uma harmonia maior na tarefa dos diversos dicastérios e departamentos, com o fim de lograr uma colaboração mais eficaz com essa transparência absoluta que edifica a sinodalidade e a colegialidade autênticas”, disse o papa Francisco durante a abertura do Consistório Extraordinário do Colégio Cardinalício, ontem, quinta-feira, 12, no Vaticano.

Entre os temas tratados pelos 165 purpurados presentes no Consistório está a reforma da Cúria Romana. De acordo com o papa, “a reforma, muito desejada pela maioria dos cardeais no âmbito das congregações gerais que precederam ao conclave, terá de aperfeiçoar mais a identidade da Cúria Romana, ou seja, de auxiliar o sucessor de Pedro no exercício do supremo ofício pastoral pelo bem e a serviço da Igreja universal e das igrejas particulares”

Francisco disse, ainda, que “a reforma não é um fim em si mesma, mas um meio para dar um forte testemunho cristão; para favorecer uma evangelização mais eficaz, para promover um espírito ecumênico mais fecundo e para alentar um diálogo mais construtivo com todos”.

O coordenador da Comissão dos Nove Cardeais (C-9), cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, e o secretário, dom Marcello Semeraro, apresentaram a síntese do trabalho desenvolvido nestes meses para elaborar a nova Constituição Apostólica sobre a Reforma da Cúria. “Uma síntese realizada com numerosas sugestões, também por parte dos chefes e responsáveis pelos dicastérios, além de especialistas nessa área”, explicou o papa.

Os trabalhos do Consistório, dos quais participam os vinte prelados que serão criados cardeais no próximo sábado, prosseguem até amanhã, 13.

Conselho de Cardeais
Desde segunda-feira, 9, o Conselho dos Nove Cardeias esteve reunido para discutir a reforma da Cúria e questões como o Sínodo e o trabalho da Comissão para a Proteção de Menores. O C-9 é constituído pelos cardeais: Oscar Rodriguez Maradiaga, Giuseppe Bertello, Francisco Errazuriz Ossa, Oswald Gracias, Reinhard Marx, Laurent Monsengwo Pasinya, Sean O’Malley e George Pell e o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

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