O papa Francisco participou nesta terça-feira, 21, no Vaticano, do encontro sobre “Escravidão Moderna e Mudanças Climáticas”. O evento reuniu cerca de 40 prefeitos de cidades do mundo todo, para tratar da temática que está em sintonia com a encíclica Laudato si’, sobre o cuidado do meio ambiente.
Sete prefeitos brasileiros estiveram presentes no evento, promovido pela Pontifícia Academia das Ciências, com a finalidade de partilhar as melhores práticas em busca de diminuir os problemas de mudanças climáticas e a escravidão moderna. Também participaram do encontro governadores locais e representantes das Nações Unidas (ONU).
Na ocasião, o papa Francisco falou que as Nações Unidas precisam assumir uma “forte posição” com relação a esses problemas, sobretudo o tráfico de pessoas.
A respeito da Laudato Si, disse que não se trata de uma encíclica verde, mas de uma encíclica social, “porque dentro da vida social do homem não se pode separar o cuidado com o ambiente”. Para o papa, o problema ambiental é uma atitude social.
Na abertura do encontro, o chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, dom Marcelo Sánches Sorondo, recordou que mais de 30 milhões de pessoas são vítimas da escravidão moderna, feitas de mercadoria de troca em um volume de negócio que movimenta cerca de 150 bilhões de dólares ao ano.
O bispo apontou também que pobres e excluídos incidem minimamente nas alterações do clima, embora sejam os mais expostos às mudanças climáticas provocadas por ações do homem.
Em seguida, dom Sorondo reiterou a posição clara de Francisco contra a escravidão moderna e convidou os presentes a rejeitarem qualquer forma de privação da liberdade pessoal ou de partes do corpo para fins de exploração.
Fonte: CNBB – Com informações do News.va