O dízimo na comunidade de fé

No mês de junho, próximo passado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lançou o documento de número 106 com orientações e propostas sobre o dízimo na comunidade de fé. É um documento elaborado num processo que “ocupou a atenção dos bispos em três Assembleias Gerais 2014, 2015 e 2016, e envolveu leigos e leigas, religiosos e religiosas”. Este documento quer “expressar a comunhão e a busca conjunta de caminhos que nos levem a exercer nossa missão: evangelizar”, portanto, elaborado com muita reflexão.

Algumas propostas e reflexões merecem atenção neste documento. Destacando-se dois. O primeiro, o documento não “caiu do céu”, em onde as orientações e propostas contidas no documento 106 são continuidade das já feitas pela CNBB desde a década de 50 que se concretizaram no documento de estudo número 8 (Pastoral do Dízimo), que por sinal continua atual em muitas de suas orientações e ensinamentos.

O segundo ressalta a definição de dízimo. Diz o texto “o dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da Igreja”. É a definição usada nas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja do Brasil 1975-1978 no número 43. Uma definição simples, que foi elaborada há tempos e que diz muito, mas mesmo assim temos dificuldades em entendê-la e aplicá-la.

O parágrafo que traz a definição, número 6, ainda continua dizendo que “ele (o dízimo) pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização”. No documento 100 da CNBB, que faz uma reflexão sobre a paróquia, há expressões como: “A participação na vida eclesial torna-se, cada vez mais, uma opção numa sociedade pluralista”. (25) “Está em crise o sentimento de pertença à comunidade e o engajamento na paróquia” (27). Talvez aqui esteja uma dificuldade de se fazer a implantação e o trabalho da Pastoral do Dízimo.

Na exortação apostólica Evangelii Gaudium o Papa Francisco lembra que mesmo, no “âmbito das «pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo», não sentem uma pertença cordial à Igreja”. Seria essa uma realidade nas nossas paróquias e áreas pastorais? O Papa continua a nos dizer “A atividade missionária «ainda hoje representa o máximo desafio para a Igreja» e «a causa missionária deve ser (…) a primeira de todas as causas»”. Sem o empenho e envolvimento de todos no trabalho de evangelização, sem nosso esforço e trabalho missionário, não haverá um dízimo verdadeiramente bíblico, pastoral e evangelizador.

Na apresentação do “Projeto do Dízimo – Partilha Eclesial” da Arquidiocese há lembrança de que para se implantar o projeto do dízimo “exige coragem e esforços gigantes por parte de todos os membros de nossa Igreja”. Colabore com seu trabalho nesse serviço!

A Equipe da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Fortaleza oferece uma oportunidade para estudo e aprofundamento do documento 106. No dia 29 de outubro, de 8h às 12h, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. A presença dos Agentes da Pastoral do Dízimo de todas as paróquias e áreas pastorais será importante para juntos assumirmos o compromisso de ver o “dízimo contribuir para concretizar a comunhão eclesial e a organicidade de sua ação evangelizadora”.Façamos nossa parte!

Informações através do telefone (85) 98563-5378  ou (85) 99922-4449  com João Augusto Stascxak ou no e-mail  [email protected]

 

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Uma resposta

  1. SOU DA PASTORAL DO DÍZIMO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE:

    PARTICIPEI DESTE ENCONTRO, FOI UMA VERDADEIRA FORMAÇÃO PARA OS AGENTES DAS PATORAIS DO DÍZIMO, BEM COMO FOI MUITO BEM RECEBIDO PELAS PARÓQUIAS, HAJA VISTO QUE TINHA QUASE 450 PARTICIPANTES!
    PARABÉNS AOS ORGANIZADORES E EM ESPECIAL AO JOÃO AUGUSTO DO SANTUÁRIO DE FÁTIMA QUE ALÉM DE ACOLHEDOR, CONDUZIU E ESCLARECEU VÁRIAS DÚVIDAS!

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