Desde o dia 13 de março, próximo passado, quando o Papa Francisco passou a ser o 266º. homem a ocupar a cátedra de São Pedro muitas pessoas me perguntaram sobre o tipo de papa que o cardeal argentino e agora Papa Francisco será. Obviamente não posso prever o futuro, mas algumas características da personalidade do pontífice já apareceram. Ele é um homem humilde, de vida austera (admirador de São Francisco de Assis), simpático, sereno, acolhedor, bem humorado, preocupado com os pobres e com a justiça social. É um homem muito inteligente com aquela excelente formação que os padres jesuítas recebem e com doutorado defendido na Alemanha. O Papa Francisco é comunicador natural, com um linguajar popular, e arrisco dizer que ele intensificará a utilização da Internet e os demais meios modernos de comunicação. Ele vai precisar de disponibilidade para o diálogo com o mundo pós-moderno, em vista da diversidade cultural, social, religiosa e étnica que caracteriza a sociedade contemporânea. Esta capacidade de comunicar em linguagem popular, e não na linguagem formal da Igreja, sem dúvida, vai atrair os jovens. Na sua antiga Arquidiocese de Buenos Aires, o Papa Francisco, também foi bem quisto pela juventude católica. Manteve um relacionamento notável com as novas gerações.
Os conhecidos do novo pontífice, inclusive o Cardeal Claudio Hummes, Arcebispo Emérito de Fortaleza e de São Paulo, acreditam que o Papa Francisco com sua capacidade para comunicação deve dialogar com as outras igrejas cristãs e não cristãs como o Islamismo. O novo papa mostrou um comportamento contundente em questões que afetam a moralidade crista, como o aborto, a eutanásia, o casamento entre pessoas do mesmo sexo etc. Como filho de Santo Inácio, ele deve promover as missões dos jesuítas e de outras congregações missionárias em ambientes secularizados onde a Igreja é frágil ou enfraquecida. Ele vai levar a Igreja para as periferias das cidades da América Latina, da África e países pobres em desenvolvimento.
Papa Francisco é, sobretudo um pastor, com total domínio da mensagem evangélica. No dia da missa de inauguração de seu pontificado ele disse: “Não se esqueçam, Deus nunca se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão”. Acredito que o Papa Francisco realizará muitas viagens pelo mundo inteiro pregando essa mensagem como ele vai fazer aqui no Brasil na Jornada Mundial da Juventude, em Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho este ano. Agradeçamos a Deus o novo pastor que Ele deu à Igreja e rezemos por ele, para que Deus o ilumine, lhe dê muita sabedoria, paz, alegria e fortaleza na árdua missão que lhe foi confiada de conduzir pela história a Igreja do seu Filho, Jesus Cristo.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1