O Papa Francisco já havia expresso sua intenção de viajar ao Cazaquistão por ocasião deste Congresso que será realizado nos dias 14 a 15 de setembro em Nursultan, capital do país. O Pontífice havia falado sobre essa possibilidade durante uma conversa por videoconferência em abril passado com o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev
Raimundo de Lima/Andressa Collet – Vatican News
“Aceitando o convite das autoridades civis e eclesiais, o Papa Francisco fará a anunciada Viagem Apostólica ao Cazaquistão de 13 a 15 de setembro deste ano, visitando a cidade de Nursultan, por ocasião do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais.” É o que informa esta segunda-feira, 1º de agosto, a Sala de Imprensa da Santa Sé.
De fato, o Papa Francisco havia expresso sua intenção de viajar ao Cazaquistão por ocasião deste Congresso que será realizado nos dias 14 a 15 de setembro em Nursultan, capital do país. O Pontífice falou sobre essa possibilidade durante uma conversa por videoconferência em abril passado com o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev.
O convite feito em 2021
Em novembro de 2021, durante uma audiência com Francisco no Vaticano, o presidente do Senado do Cazaquistão, Ashimbayev, havia convidado o Papa para participar do evento internacional. Naquela ocasião, segundo relatou o próprio Ashimbayev sobre o encontro, o Pontífice havia ressaltado o papel fundamental do país na promoção do diálogo inter-religioso na Ásia e no mundo.
Na época, apenas considerando a possibilidade da sua presença, o bispo da Santíssima Trindade em Almaty e presidente da Conferência Episcopal do Cazaquistão, dom José Luis Mumbiela Sierra, era entusiasta, antecipando que estariam prontos para receber o Pontífice, “20 anos após a visita de João Paulo II ao Cazaquistão”. O prelado enalteceu “a grande aproximação entre os valores do diálogo promovidos tanto por Francisco como pelo Congresso. Sabemos também como o Santo Padre é atento às Igrejas da periferia, como a nossa”, disse dom José.
A inspiração em Assis
A primeira edição do congresso, que busca promover o diálogo entre as religiões, foi realizada em Astana, em 2003, tomando como modelo o “Dia de Oração pela Paz” no mundo, convocado em Assis por João Paulo II, em janeiro de 2002. A iniciativa tinha como objetivo reafirmar a contribuição positiva das diferentes tradições religiosas para o diálogo e a harmonia entre os povos e as nações após as tensões que se seguiram aos ataques do 11 de setembro de 2001.
O congresso inter-religioso deste ano terá como tema “O papel dos líderes das religiões mundiais e tradicionais no desenvolvimento sócio-espiritual da humanidade no período pós-pandêmico”.
Fonte: Vatican News