A figura dos Magos, que o Evangelho proclamado na liturgia deste dia 6 de janeiro, Epifania do Senhor, foi o fio condutor da homilia da Missa que o Papa Francisco presidiu, às 10 horas da manhã, na basílica de São Pedro.
No percurso dos Magos do Oriente – observou – “está simbolizado o destino de cada homem: “A nossa vida é um caminhar, iluminados pelas luzes que alumiam o caminho, para encontrar a plenitude da verdade e do amor, que nós cristãos reconhecemos em Jesus, Luz do mundo.”
O Papa Francisco evocou os “dois grandes livros que todos os homens, como os Magos, têm à disposição para encontrarem os sinais que os possam orientar na peregrinação que a vida é: “o livro da criação e o livro das Sagradas Escrituras… Especialmente escutar o Evangelho, lê-lo, meditá-lo e fazer dele nosso alimento espiritual consente-nos encontrar Jesus vivo, fazer experiência d’Ele e do seu amor”.
Aludindo também à primeira Leitura, do Profeta Isaías, em que Deus convida Jerusalém a erguer-se, revistada de luz, comentou o Papa: “Jerusalém está chamada a ser a cidade da luz, que reflecte sobre o mundo a luz de Deus e ajuda os homens a caminharem pelas suas vias. É esta a vocação e a missão do Povo de Deus no mundo”.
Já na parte final da homilia, o Santo Padre elogiou a “santa astúcia” revelada pelos Magos, quando decidem não passar de novo pelo palácio de Herodes, regressando a casa por outro caminho. Há uma “astúcia espiritual” que o próprio Jesus recomenda…
“Trata-se daquela astúcia espiritual que nos permite reconhecer os perigos evitá-los. Os Magos souberam usar esta luz de astúcia… “Estes sábios vindos do Oriente ensinam-nos como não cair nas insídias das trevas e como nos defendermos da obscuridade que tenta envolver a nossa vida.”
“Há que acolher no coração a luz de Deus e, ao mesmo tempo, cultivar aquela astúcia espiritual que sabe conjugar simplicidade e prudência, como Jesus pede aos discípulos: ‘Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.”
Fonte: Rádio Vaticano