Por Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald
No dia 12 de dezembro celebramos a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina. No ano 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar4 da catequese e da Santa Missa, enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego, e mais tarde foi canonizado pelo Papa João Paulo ll em 2002. Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo do lugar e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus. O bispo prudentemente pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para um tio doente. Nossa Senhora disse à ele que seu tio já estava curado e lhe pediu levar rosas para o bispo. Quando chegou diante dele, desdobre seu manto e mostra-lhe o que carrega. O prelado viu não somente as Rosas, mas o milagre da imagem de N.S de Guadalupe pintada no manto do humilde indígena.
O grande milagre de N.S. de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos, e este já existe há mais de 450 anos. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção. No ano 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. Porém, nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a chegada da fotografia moderna e a ampliação da pintura descobriu-se que a figura de Juan Diego e do referido bispo ficou gravada nos olhos de Nossa Senhora.
Em 1745 o Papa Bento XlV aprovou a devoção à Nossa Senhora de Guadalupe. Em 1892 houve a coroação pontifícia da imagem, concedida por Leão Xlll. Em 1910 São Pio X proclamou-a Padroeira da América Latina. A veneração da Virgem de Guadalupe, solícita a prestar auxílio e proteção em todas as tribulações, desperta no povo grande confiança filial; constitui, além disso, um estímulo à prática de caridade cristã, ao demonstrar a predileção de Maria pelos humildes e necessitados, bem como sua disposição em assisti-los.
*Redentorista e Assessor da CNBB Reg.NE1