Painel de São Francisco, há 133 anos como patrimônio espiritual da Romaria de Canindé

O peso do Painel de São Francisco, com cerca de 500 kg, se torna confortável quando é partilhado por homens e mulheres que revezam durante as procissões que transportam a relíquia da romaria para os locais celebrativos. Criado em 1890 por Padre Manoel Cordeiro da Cruz na busca de fazer com que os devotos participassem da procissão durante os Festejos, o painel sai de sua capela em datas importantes como o dia do Romeiro (3 de fevereiro) e durante os 10 dias de festejos.

Ladeado de luzes e com uma armação e tecido que chamam atenção pela beleza, o Painel há 133 anos acompanha as diversas gerações que se aproximam do santo, para com ele aprenderem a acolher a vontade de Deus.

No último dia 24 de setembro, um dos símbolos da Romaria foi conduzido na primeira procissão dentro dos festejos franciscanos. Às 18h, ao som da banda de música J Ratinho e de orações, o painel foi conduzido pelas ruas do bairro Alto Guaramiranga e do centro da cidade. Tendo a frente os estandartes das três Ordens, seguida dos coroinhas, frades e todo o povo de Deus que bradavam vivas e intercalavam canções festivas como momentos de oração.

Ao chegar no patamar da Basílica, Frei Gilmar Nascimento, reitor do Santuário de Canindé conduziu os momentos finais, que contou a história do Painel. Entoado o hino e junto da relíquia de São Francisco foi dada a benção sobre os fiéis.

A multidão seguiu por algumas ruas da cidade entoando cantos e fazendo suas orações ao padroeiro de Canindé

Amigos do Painel

O grupo dos Amigos do Painel tem como objetivo organizar as procissões, zelar pelo espaço onde fica localizada a imagem sacra e contribuir com a Missão do Santuário. A cada ano novas pessoas se somam ao grupo para pagar suas promessas e acabam se envolvendo com as ações sociais que essas pessoas ano a ano arrecadam, como com alimentos para serem doados para famílias necessitadas.

Ao longe é possível ver que os Amigos do Painel se intercalam, dando vez a romeiros e devotos para se aproximarem da peça sacra. Todos querem, ao menos por um instante, tocar e prestar sua homenagem. A fraternidade vai sendo construída também pela força do braço que sustenta o peso e as mãos estendidas que acolhem e se dispõe no compromisso com o próximo.

Galeria de imagens:

Texto: Serviço de Comunicação do Santuário de Canindé

Fotos: Jander Silva

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