Papa: a paz começa no coração de cada um, quando decidimos perdoar

Francisco durante a audiência com o peregrinos húnagors nesta quinta-feira, 25 de abril  (Vatican Media)

“Não nos esqueçamos de que a realização desse grande dom começa no coração de cada um de nós; começa na porta de casa, quando, antes de sair, decido se quero viver aquele dia como um homem ou uma mulher de paz”, enfatizou Francisco aos peregrinos provenientes da Hungria, recebidos esta manhã (25/04), no Vaticano.

Thulio Fonseca – Vatican News

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Na manhã desta quinta-feira, 25 de abril, o Papa recebeu na Sala Paulo VI, no Vaticano, um grande grupo de peregrinos húngaros. Ao discursar para os 1.200 fiéis, Francisco recordou sua viagem apostólica, realizada há um ano à Hungria.

“Essa peregrinação acontece um ano após minha viagem apostólica à Hungria, que trago no coração com muita gratidão. É por isso que eu gostaria de lembrá-la hoje, recordando que estive entre vocês como um peregrino, como um irmão e como um amigo.”

A paz começa em casa

Francisco, ao sublinhar as realidades presentes no cenário global, destacou a paz como o caminho a seguir, não qualquer paz, mas a paz que Cristo Ressuscitado concedeu em sua saudação aos discípulos:

“Não nos esqueçamos, irmãos e irmãs, de que a realização desse grande dom começa no coração de cada um de nós; começa na porta de casa, quando, antes de sair, decido se quero viver aquele dia como um homem ou uma mulher de paz, ou seja, viver em paz com os outros. A paz começa quando decido perdoar, mesmo que seja difícil, e isso enche meu coração de alegria.”

Audiência do Papa Francisco com os peregrinos húngaros

Audiência do Papa Francisco com os peregrinos húngaros

Coração aberto para os refugiados

Ao recordar os exemplos dos santos e beatos húngaros, o Papa enfatizou que eles nos encorajam com suas atitudes, principalmente na atenção às pessoas em dificuldades, os refugiados, os pobres, os marginalizados, e completou:

“Agradeço a vocês porque têm um coração aberto para os refugiados ucranianos que deixaram seu país por causa da guerra. E também aprecio seus esforços para integrar aqueles que vivem nas periferias da sociedade.”

Testemunho de fé

Por fim, o Pontífice, ao fazer memória dos encontros vivenciados em sua visita ao país, incentivou os presentes a caminharem no diálogo com as gerações, valorizando suas raízes para estabelecerem uma base sólida ao futuro, fortalecendo-se nos valores que emanam vida: família, unidade, paz.

“Caminhemos juntos no caminho do Senhor como homens e mulheres ‘pascais’ e o reconheçamos no partir do pão, na mesa eucarística e na mesa dos famintos; em sua Palavra e no encontro com os outros. Obrigado por sua fidelidade a Cristo, manifestada no testemunho de fé e no ecumenismo que vocês vivem, em sua caridade acolhedora, mesmo com aqueles que são diferentes, em seu respeito por toda a vida humana e em seu cuidado responsável com o meio ambiente.”

Pouco antes da audiência com os peregrinos húngaros, acompanhados pelo Primaz da Hungria, cardeal Péter Erdő, e pelo Presidente da Conferência Episcopal Húngara, dom András Veres, o Papa Francisco recebeu o Presidente da República da Hungria, Tamás Sulyok, em seu escritório na Sala Paulo VI.

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