Papa Francisco: amar e respeitar Jerusalém como uma mãe

A Cidade Santa de Jesus, onde Ele cumpriu a sua missão “com a paixão, a morte e a ressureição”, direcionou o encontro desta quinta-feira (9), no Vaticano, entre o Papa Francisco e os participantes de uma reunião entre o Dicastério para o Diálogo Inter-Religioso e a Comissão Palestina para o Diálogo Inter-Religioso. O intitulado “Grupo Conjunto de Trabalho para o Diálogo”, criado pelo cardeal Jean-Louis Tauran e pelo Xeque Mahmoud Al-Habbash, ambos recordados pelo Pontífice, escolheu justamente o “significado espiritual de Jerusalém, cidade santa para judeus, cristãos e muçulmanos” como argumento de reflexão.

Na saudação, o Papa lembrou a declaração feita em 2019 sobre “o apelo para que Jerusalém seja considerada ‘patrimônio comum da humanidade e especialmente para os fiéis das três religiões monoteístas, como lugar de encontro e símbolo de coexistência pacífica”. No Evangelho, continuou Francisco, Jerusalém é “o coração da fé cristã”, lugar onde acontecem vários episódios da vida de Jesus e onde “a Igreja nasceu”.

Jerusalém, a Cidade da Paz

Jerusalém, assim, “tem um valor universal, já contido no significado do seu nome: ‘Cidade da paz”, disse o Papa, ao recordar o momento em que Jesus, poucos dias antes da sua paixão, próximo à Cidade Santa, chorou:

“Jesus chora sobre Jerusalém. Não devemos seguir em frente muito depressa. Esse choro de Jesus merece ser meditado, em silêncio. Irmãos e irmãs, quantos homens e mulheres, judeus, cristãos, muçulmanos, choraram e ainda choram por Jerusalém! Também para nós, às vezes, pensar na Cidade Santa nos leva às lágrimas, pois é como uma mãe cujo coração não consegue encontrar a paz por causa do sofrimento dos seus filhos.”

Ao final da saudadação ao grupo e pegando essa passagem do Evangelho como referência, veio o encorajamento renovado do Papa Francisco pelo diálogo inter-religioso, “que é tanto importante”:

“Este episódio evangélico lembra o valor da compaixão: a compaixão de Deus por Jerusalém, que deve tornar-se a nossa compaixão, mais forte do que qualquer ideologia, de que qualquer dos lados. Maior deve ser sempre o amor pela Cidade Santa, como por uma mãe, que merece o respeito e a veneração de todos.

Fonte: Andressa Collet – Vatican News

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