Partilhando experiências pastorais e esperanças em tempos de Epidemia

Partilhamos algumas inciativas de grupos e paróquias de nossa Arquidiocese de Fortaleza frente à trágica situação de pandemia que estamos vivendo. De fato, milhares de pessoas estão tendo suas vidas ceifadas ou jogadas num furacão que desarticula a própria sociedade.

Os primeiros que devem assumir a responsabilidade no enfrentamento desta tragédia são os poderes públicos, mas dada a inoperância e a irresponsabilidade do setor federal e os limites dos poderes locais, houve pessoas que se perguntaram: “E nós o que devemos fazer?”

Assim população em situação de rua, migrantes, pescadores, catadores, pessoas de grupos LGBT, povos e comunidades tradicionais e simples cidadãos cujos trabalhos desapareceram, puderam encontrar bons samaritanos que os tiraram do sufoco.

Várias iniciativas solidárias estão acontecendo. Uma delas foi a Campanha “Eles e elas precisam de nós para se proteger”, promovida pelas Pastorais Sociais da Arquidiocese de Fortaleza. Em algumas paróquias a fé fez um passo concreto se abrindo àqueles que estavam com fome, com sede, doentes, esquecidos por todos e inventaram formas de se aproximar do Cristo sofredor e abandonado nas ruas e nas casas. Mas também pessoas a título pessoal ou grupos organizados estão se dedicando para aliviar o sofrimento nessa hora. O movimento carismático Shalom abriu em Fortaleza três centros de convivência e atendimento para pessoas em situação de rua ou necessitadas. As Mães pela Diversidade se mobilizaram para ajudar grupos do LGBT a amenizar o aperreio nesse momento tão crítico. E assim muitos outros que oferecem cestas básicas, máscaras, ou ajudam idosos para fazer suas compras.

São atitudes que criam esperança não só em quem recebe alguma forma de ajuda, mas também na sociedade como um todo. E são atitudes proféticas frente àqueles que querem acabar o isolamento obrigando as pessoas a voltarem ao trabalho como se os trabalhadores fossem bucha de canhão para dar lucro às empresas.

Se somos seguidores de Jesus Cristo não podemos fechar o coração e as portas àqueles que não têm a quem recorrer: “Viu, teve compaixão e cuidou dele”. Esse ELE, são hoje milhares de irmãs e irmãos nossos e nos próximos dias, infelizmente, serão muito mais. Esperamos que mais pessoas de boa vontade e mais paróquias não fiquem escravos da indiferença, como nos lembra a toda hora Papa Francisco, mas se abram à compaixão.

Essa prática da caridade, quem sabe, poderá nos ajudar a repensar nossas práticas pastorais nos próximos meses para sair dos guetos eclesiásticos e criar novos caminhos de evangelização, mais preocupados com o Reino de Deus e menos com nós mesmos. Essa caridade praticada nas ruas e nas praças é outro jeito de viver e celebrar a eucaristia/comunhão e nos ajuda a redescobrir as palavras de Jesus na última ceia com seus Apóstolos:” Eu, que sou o Mestre e o Senhor, lavei os seus pés; por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei um exemplo: vocês devem fazer a mesma coisa que eu fiz… Assim serão felizes”.

Veja as experiências

Ação de solidariedade realizada por um grupo de pessoas na Paróquia São Geraldo Majella, Planalto Caucaia

Rede de atuação Frades Menores e o COVID-19

Ação Pastoral na Paróquia do Cristo Rei

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